19 abril 2013

A ignomínia dos cobardes

"O princípio da tarde do Dia dos Patriotas, em Boston (USA,) ficou marcado por um violento e ignóbil acto cobarde de terror. A Maratona de Boston que estava na sua parte final, naquela parte em que os populares terminam a sua prova, depois da elite maratonista, foi ensombrada com o rebentamento de petardos – ou bombas – cujo efeito imediato foram dois mortos e mais de uma centena de feridos.

Entre as diferentes vítimas, crianças. A ignomínia nunca teve idade, mas é sempre difícil acolher quem haja na vida com esta ignóbil “coragem”.

O Mundo tremeu pensando num eventual novo 11 de Setembro (NY), ou um novo 11 de Março (Madrid) ou um novo 7 de Julho (Londres) ou novo um 26 de Novembro (Mumbai). O Mundo, principalmente, o ocidental que colocou a prontidão em grau máximo, em alguns casos – França, por exemplo ficou em alerta vermelho – mas não os EUA que, prudentemente, evitaram classificar, no imediato, o acto como terrorismo, muito menos internacional como se verificou no 911, optando, e bem, por classifica-lo como um acto criminoso sob a capa do terror.

A ignomínia cobarde não tem nem nunca teve cor excepto aquela que resulta do acto: o vermelho vivo das suas vítimas inocentes e despreocupadas.

Uma vez mais quem praticou o acto fê-lo encapotado e longe do local. Esta “coragem” do(s) autor(es) é bem simbólica. Não sabemos, ou não sei, pelo menos por quando escrevo estas linhas, que tipo de – como não sou americano, logo, utilizo sem pruridos, a expressão – terrorista(s) praticou ou praticaram tal ignomínia cobarde. (...)" (continuar a ler aqui)

Publicado no semanário Novo Jornal, edição 274, de 19 de Abril de 2013, página 21 

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