31 agosto 2012

Neil Amstrong e a paz eleitoral

"No passado sábado, 25 de Agosto, faleceu, em Cincinnati, o primeiro Homem a pisar e saltar na Lua, Neil Amstrong, à época, comandante da nave espacial norte-americana Apolo 11.

Neil Amstrong teve, no momento em que deixou a sua marca no território lunar, teve uma frase que ainda perdura no tempo e que é um marco para a Paz mundial: um pequeno passo do Homem um passo gigantesco para a Humanidade.

Recordo que quando isto aconteceu, em 20 de Julho 1969, tinha eu quase 13 anos, ouvia, tal como todos os que estavam em terras angolanas, o desenrolar do maravilhoso acto pela rádio e, simultaneamente, acompanhava o desenvolvimento da transmissão no antigo Observatório privado e amador da Mulemba, que, á época, ficava a cerca de 4 quilómetros de Luanda, um pouco abaixo e frente á refinaria de Luanda.

Infelizmente, os nossos políticos não souberam – ou não quiseram – preservar um serviço reconhecido e acarinhado até pela própria NASA que via no Observatório um suporte e um apoio exemplara no continente africano.

E que tem Neil Amstrong a ver com o acto eleitoral que hoje, desde muito cedo, se verifica em Angola.

Tudo… e nada.

Tudo, porque Neil Amstrong com o seu humanitário e heróico feito provocou, na altura, um momento de Paz inigualável entre a comunidade internacional, mesmo que essa acção se devesse a uma corrida desenfreada entre os EUA e a antiga URSS pela conquista do espaço sideral, começada com a nave soviética Sputnik, e os seus intermitentes “pis”, a 4 de Outubro de 1957, provocando uma enorme dor de cabeça à então administração norte-americana e levando esta a decretar o desenvolvimento das actividades espaciais e recuperar o tempo perdido para os soviéticos.

Nada, porque Angola, apesar de poder hoje estar entre as principais Nações com actividade aeroespacial e poder ser uma fonte de apoio a estudantes africanos não soube, ou não quis, aproveitar o que um astrónomo amador e inventivo criou com tanto carinho e sem apoio do então governo provincial e da então metrópole.

E nada porque se há algo que o eleitorado angolano tem, é os pés bem assentes na terra, mais ainda, bem assentes na vermelha terra angolana. (...)" (continuar a ler aqui)

Publicado no semanário Novo Jornal, de hoje, edição 241, página 23

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