25 setembro 2011

Grito contra a perpetuação do Poder

Apesar de algumas incorrecções, a maioria naturais de quem está fora do meio – o guiné-equatorial Obiang (Teodoro Obiang Nguema Mbasogo) é mais velho, em cerca de 38 dias –, é interessante o trabalho do matutino português Público sobre a convocada manifestação que hoje deveria ter sido realizada em Luanda de apoio aos detidos e contra os 32 anos de perpetuação de Poder de José Eduardo dos Santos que não se adivinha venham a terminar nas previstas eleições do próximo ano.

Deveria, porque cerca de 10 minutos após o seu início e um quilómetro andado desde o Cemitério de Santana, em direcção à vetada Praça da Independência pelo Governo Provincial de Luanda (GPL), a Polícia fez uso das suas prorrogativas e… parou-a.

Um contingente de 40 a 50 membros da Polícia queria que manifestantes (entre a centena, segundo uns, e os cerca de 500, segundo outros) seguissem as directrizes do GPL já considerada ilegal por alguns dos nossos juristas. Ou seja, ficassem restritos aos locais pré-determinados pelo GPL.

Reconheçamos que a Constituição não dá liberdade ao Poder para condicionar manifestações, como, também, não dá autorização para sermos totalmente livres nas nossas legítimas exteriorizações.

Já agora, Eduardo dos Santos além de ser mais novo que Obiang é superado pelo madeirense – ao contrário do que escreve José Diogo Quintela na revista Pública, Madeira faz parte do Continente Africano e não da Europa já que está a poucas milhas a oeste de Marrocos – Alberto João Jardim que está no poder desde Março de 1978.

Realmente há que parar a perpetuação no Poder.

Publicado no Notícias Lusófonas, secção "Colunistas", de 26/Set./2011

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