04 setembro 2009

Pérolas deveras(mente)… anti-nacionais!...

(enquanto ponderam deixem-se degustar tranquilamente um AC)

1. Um especialista brasileiro em marketing, Ricardo Noblat – liderou a agência brasileira que apoiou (e criou) a propaganda eleitoral do MPLA no pleito de 1992 –, descobriu, agora, que o MPLA governou durante 16 anos sem qualquer programa governativo (para quem ajudou a fazer passar o programa eleitoral, é interessante esta descoberta).

Só que o especialista brasileiro precisa de estudar melhor a vida e o marketing político angolano. E nos 18 anos anteriores, houve algum programa governativo? ou o especialista pensa que o MPLA só governa desde 1992?

2. Henry Okah, líder do proclamado Movimento para a Emancipação do Delta do Níger (MEND), detido em Angola sob acusação de tráfico de armas, vai, segundo o seu advogado em entrevista a um jornal nigeriano,
processar o Governo de Angola por o ter mantido detido cerca de 5 meses sem julgamento.

Impossível, em Angola ninguém é mantido detido sem julgamento. Se duvidam, perguntem a
Fernando Lelo, antigo correspondente da Voz da América, em Cabinda…

3. Angola tem sido, e não poucas vezes, acusada de manter tropas na República Democrática do Congo (RDC) a lutarem ao lado das forças governamentais contra os guerrilheiros anti-Kabila (filho). O Governo angolano tem sistematicamente, e, como convém, bem, negado essas atoardas anti-angolanas (como se fosse uma clara ingerência internacionalista contra a natural capacidade de Angola se tornar numa potência regional…). O que não se entende como agora
regressaram dois militares angolanos que estiveram a combater ao lado das forças (então rebeldes) de Laurent Desiré Kabila (pai) contra as tropas governamentais de Mobutu “Joseph Desirée” Sese Sekou; e com a particularidade de estarem acusados de terem estado implicados na morte de Kabila (pai). Provavelmente foram para a RDC ao abrigo do mesmo internacionalismo que tanto critica a eventual – mentira… – presença de tropas angolanas em Kivu e similares; mesmo que o Governo desminta, o que agora parece ser difícil…

O que realmente eles estavam lá a fazer e porquê e como foram agora libertados. Sob que condições?

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