04 setembro 2009

No Gabão, a Bongo sucede… Bongo

Parece o tipo de… Rei Morto, Rei Posto ou…, Morra o Rei I, Viva o Rei II. Foi o que se passou no Gabão.

Depois da morte do Kota Patriarca Omar Bongo – e o então mais velho líder africano no poder – o gabão foi a eleições presidenciais onde três candidatos se destacavam: Ali Bem Bongo, filho do falecido Presidente e próximo do Partido Democrático Gabonês (PDG), no poder); André Mba Obame, antigo Ministro do Interior; e Pierre Mamboundou, líder oposicionista histórico que liderou, em 1990, alguns motins por quando do processo transitório para o multipartidarismo.

Como a Constituição gabonesa não exige uma maioria absoluta para que um candodato seja eleito, era certo e sabido que muito rapidamente saber-se-ia quem seria o novo presidente só havendo expectativa quanto aos números e como seria recebido o veredicto popular.

Pois o Povo – errando ou não, e muitas vezes erra – foi soberano e decidiu que a Bongo sucede… Bongo. O novo Presidente terá obtido – terá porque há quem defenda a existência de fraude eleitoral – cerca de 41,7%, seguido de Obame, com 25,9%, e de Mamboundu, com 25,2%. Ou seja, os “derrotados” perfaziam mais de 50% dos votos o que vem colocar em causa a questão da vantagem – ou não – das maiorias absolutas como forma de legitimar mais e melhor os candidatos.

E a prova disso é que os seguidores do terceiro candidato mais votado provocaram vários confrontes no Gabão, nomeadamente na sua região, em Port-Gentil, onde terão atacado a prisão local e libertado presos, e incendiado o consolado francês.

Vamos aguardar pelos próximos desenvolvimentos até porque só votaram 357.402 dos 807.402 eleitores inscritos, ou seja, bem menos de 50% dos potenciais eleitores.

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