07 agosto 2009

Palavras pouco etéreas num espaço internauta


(imagem da internet)

"Há momentos que desejávamos não estar tão dependentes das novas tecnologias e sentir que o tempo é nosso para ler descansadamente uma boa obra literária, um jornal de ponta-a-ponta ou, porque não, uma qualquer revista de desenhos cartunizados, como as que antigamente a editora brasileira Abril nos oferecia, como o Zé Carioca, o Pato Donald, o Rato Mickey, o Tio Patinhas ou o fantasma, por exemplo.

Esta última semana foi-me oferecida essa oportunidade pela empresa portuguesa de telecomunicações TMN, do grupo Portugal Telecom. Estive uma semana no Algarve a passar férias e a boa da TMN achou que precisava mesmo de férias. E, vai daí, a placa de acesso à Internet esteve mais que muda e queda.

Ou seja, uma zona fortemente turística, está sem capacidade para oferecer aos seus clientes, pelo menos os clientes da lusófona TMN, acesso à Internet via satélite. Brilhante. Mas como infelizmente também os jornais dificilmente lá chegam em quantidade e, acima de tudo em qualidade, porque não compro pasquins nem tablóides mesmo que sejam de maior tiragem nacional, e porque nem sempre me apetece ler os desportivos, acabei por me abraçar à praia recordando as nossa águas mornas pensando que do outro lado estava a nossa África. E, à noite, ia lendo os poemas da “II Antologia de Poetas Lusófonos”, onde também estou presente.

Por isso não pude antes contactar com os leitores deste enorme Semanário que, não deve, nem pode, acabar sob pena da cultura e a comunicação social santomense ficar mais pobre e, por extensão, também os seus leitores e os políticos que se revêem no direito ao contraditório, que aqui tão bem encontram.

A Presidência e o Governo que o digam.

Também por estar fora do contacto internauta nem sempre pude acompanhar o que de bom – e de mau, infelizmente – aconteceu no nosso Continente.

Ainda assim, fui sabendo algumas coisas dos Jogos da Lusofonia; supostamente, Lusofonia, porque via Cabo Verde referenciado como Cape Verde (CPV) e Moçambique como Mozambique (MOZ), fazendo crer o Comité Olímpico Português (COP) que seria uma obrigação do COI quando este só apoiou Guiné-Bissau e, creio, em parte, São Tomé e Príncipe, dado que o COP parece não ter contribuído com as verbas necessárias á oficialização dos jogos como acontece com os da Francofonia e dos da Comunidade Britânica. Portugal lá saberá. Talvez por isso, as principais figuras brasileiras não apareçam nos Jogos. (...)" (continuar a ler aqui)
Publicado no , edição 266, de 1 de Agosto de 2009

1 comentário:

Cristina Ribas disse...

Estimular a lusofonia é muito importante!

Sou do blog ProfAvaliação, em Portugal e este é um dos nossos objectivos. Estreitar laços entre países lusófonos através da blogosfera!

www.profblog.org