05 junho 2009

Guiné-Bissau de novo em crise…

(Tanque em Bissau; imagem via Internet)

"A madrugada Bissau-guineense acordou, uma vez mais, tingida de sangue.

O candidato presidencial Baciro Dabó, foi assassinado, esta madrugada na sua residência.

Até aqui, independentemente de ser mais um assassínio, mais uma vida estupidamente tirada, nada teria de estranho ou de mais um acto cobarde de quem não sabe dirimir as diferenças por outros meios que não a violência. E, uma vez mais, os assassinos estariam vestidos com roupas militarizadas e fortemente armados.

O grave é que a sua morte parece ter despoletado outras vítimas.

Segundo a Direcção-Geral dos Serviços de Informação do Estado da Guiné-Bissau (DGSI), por detrás da morte do candidato estaria uma eventual tentativa de golpe de Estado liderada pelo antigo ministro da Defesa, Hélder Proença. E de acordo com um
vídeo da Lusa também Dabó estaria eventualmente ligado à citada tentativa

O mais grave é que, tal como em outros assassínios inexplicáveis, o eventual líder da não menos eventual tentativa de golpe foi morto.

Ora se nos tomarmos como válidas as insinuações da DGSI que o eventual líder teria vindo de Daccar para coordenar as operações, estaremos perante uma implícita acusação de que Senegal estaria por detrás desta crise.

E, de facto, reconheçamos que quase todas as crises por que tem passado a Guiné-Bissau mostram que há mãozinhas externas ao País e aos Bissau-guineenses.

Parece que alguém teme que o País possa singrar quando começar a explorar os hidrocarbonetos.

Parece que os poderes instituídos na região temem uma Guiné-Bissau próspera, desenvolvida e em Paz.

Por onde anda a CPLP, a ONU ou a União Africana? Pode parecer absurdo o que irei afirmar, mas avalio como sendo altura de João Miranda pôr em prática as suas ideias já aventadas e colocar a Guiné-Bissau sob a “ordem” da Comunidade Internacional.

Quanto mais não seja para protecção do próprio País e do seu Povo!!!
"
Publicado no , como Manchete, juntamente com artigos de Jorge Eurico e Orlando Castro, sob o título “Mortes e golpes não deixam a Guiné em paz

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