26 abril 2009

Amizade não é palavra vã!

(Amizade pode ser isto quando mais dela precisamos; imagem Google)

"Há momento da vida que tomamos posições, principalmente quando políticas, que, não poucas vezes, acabam por ferir pessoas próximas.

São feridas que custam a sarar. E custam mais quando, prevenida ou incompreensivelmente, mesmo que sem ser intencional, colocamos sal nas mesmas em vez de um qualquer bálsamo.

E isto foi – e, infelizmente, ainda é – válido em qualquer sociedade. Seja na Europa, na América, na Ásia ou em, e principalmente, no nosso martirizado Continente.

Foi-o, ainda mais, no período pós-colonial, com particular destaque para Moçambique e Angola onde razões políticas, económicas, sociais e antropológicas falaram mais alto e dividiram amigos, famílias e povos.

Ainda, recentemente, António Trabulo que viveu, desde quase os primeiros meses de idade até ao momento de entrar na Faculdade de Medicina, na cidade do Lubango, em Angola, no seu último romance, “Retornados, o adeus a África” – edição da Editorial Cristo Negro, apresentado, em Lisboa, na Casa de Angola – discorria sobre essa divisão entre familiares que adoptaram cores políticas diferentes e como se tornaram “inimigos” dividindo famílias e povos.

A Paz angolana sobrevinda, mas não imprevista, trouxe à memória esconsa essas amizades e os laços familiares perdidos ou divididos.

O movimento político que o multipartidarismo trouxe aos nossos países também não ficou apartado dessa vontade de reaproximação entre os diferentes pontos de vista políticos e sociais. As diferenças inter-pares eram agora aproveitadas a favor do desenvolvimento e não para fomentar os ódios ou questiúnculas mesquinhas e ignaras. (..)" (continuar a ler aqui)
Publicado no , edição 213, de 25.Abril.2009

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