04 março 2009

TPI emite mandado de captura contra al-Bashir

(imagem via Google)

O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu hoje um mandado de captura contra Omar al-Bashir, presidente do Sudão, por causa do genocídio do Darfur.

Gostaria de saber quem serão os países que o vão fazer aplicar. De África, tirando um ou dois, as minhas dúvidas quanto à exequibilidade do mandado são mais que muitas até porque a União Africana já vai dizendo que vai tentar adiar a sua aplicação. A Liga Árabe também
alinha pela mesma diapasão. A China, um dos maiores apoiantes e suportes do regime do Sudão, é claro que não vai cumprir com esta ordem do TPI.

Ficam o Ocidente, nomeadamente os EUA, que acham que os "
responsáveis devem pagar" com os seus crimes.

Ah! já me esquecia, mas como os EUA,
tal como o Sudão, não reconhecem competência ou legitimidade ao TPI, al-Bashir estará sempre descansado cada vez que for aos States

2 comentários:

Anónimo disse...

O presidente do Sudão cometeu atrocidades em seu governo e deve pagar pelos crimes, como outros tantos ditadores e políticos espalhados pelo mundo. Inclua ai nomes como Bush, que causou milhares de mortes no Oriente Médio por uma guerra mentirosa.

O problema é que o TPI não é uma entidade forte, já que não tem apoio dos EUA, Israel, China, Rússia e tantos outros. Sabemos que são os grandes que mandam no jogo e se eles não participam nada acontece.

Anónimo disse...

Claro que tem que ser desta forma…
O jogo de interesses é gigantesco.
As empresas pagam aos funcionários em ajudas de deslocação e outros benefícios.
Para a segurança social Portuguesa, os descontos são mínimos e assentes em um ordenado pequeno que no futuro, tende até esse a acabar.
Em salvaguarda da família e assustados pela crise em Portugal os técnicos recorrem a Angola para ter trabalho.
Toda esta movimentação dá lucros a terceiros mas nunca aos que sacrificam famílias, que estão ausentes junto de familiares já idosos, de filhos na adolescência e da sua pátria.
Angola é um «faz de conta» que em troca de um vencimento mais chorudo mas camuflado, os deslocados seguram as pontas para sua subsistência.
Servem um país com um índice de corrupção que ultrapassa os limites.
O desequilíbrio emocional é enorme.
Vidas duplas e as consequências duras nas famílias.
Nunca um emigrado pode fazer de outro país que não seja o seu, algo que seja marcante e que o dignifique porque será esquecido pela comunidade.
Os laços entre Portugal e Angola, são marcados por uma hipocrisia forte.
O investimento em Portugal por parte dos Angolanos é a salvaguarda para alguns que perante uma reviravolta política como a que recentemente ocorreu na Guiné, possam em Portugal ter os seus rendimentos e uma vida tranquila.
È um paradoxo investir noutro país onde no seu a miséria e a doença é uma realidade pungente, onde tanto há por fazer e o povo vive sem o mínimo de dignidade.
São manobras que nos ultrapassam com um cheiro fétido a corrupção e vergonha.
M.