25 janeiro 2009

Quando a razão da força…

(com base em imagem da internet)
Quando a razão da força quer falar mais alto que a força da razão acontecem casos como os que seguem.

Há uns meses largos, o jornalista Orlando Castro era convidado a falar mais baixo, ou de preferência, nada dizer porque havia quem não gostasse do que desassombrada e verticalmente escrevia fosse sobre quem fosse, independentemente da cor política, desde que estivesse em causa o seu amor pelo nosso país, Angola, e quando este estava sob os focos menos agradáveis. Por mais de uma vez foi avisado e alertado para os malefícios que a escrita poderiam lhe fazer e, extensivamente, à família.

Também eu já recebi avisos pouco discretos, embora, reconheça que só por uma vez alertaram para a minha saúde e por quando das eleições para a Casa de Angola, já lá vão uns três anos. Mas avisos para parar têm sido mato; alguns claramente racistas e, quase sempre, de pessoas que mal sabem escrever o português pelo que acredito mais serem de idiotas e de quem prefere utilizar o bom-nome e pureza dos angolanos que angolanos propriamente. E fazem-no, sempre sob a capa do anonimato ou sob a capa de pseudónimo mas omitindo eventual e-mail ou local de escrita. Só que esquecem que através de um contador e da hora consigo saber a proveniência e respectivo IP.

Agora, e penso que já não é a primeira vez que isso lhe acontece, embora desta tenha havido a possibilidade de identificar o “ameaçador” (directo e indirecto) o jornalista Bissau-guineense Fernando “Didinho” Casimiro, e alguns dos seus amigos que com ele colaboram no projecto “
Contributo”, foram alvo de ameaças escritas e verbais, estas últimas, com testemunhas auditivas.

Depois de ler o conteúdo das ameaças que Fernando Casimiro recebeu reconheço que há uma similitude na escrita e na tipologia de erros apresentados em tudo semelhante a uma mensagem, anónima como convém, que muito recentemente foi colocada no Pululu. Das duas uma, ou é a mesma personalidade ou a escola política foi a mesma, principalmente no “comer bacalha dos tugas”. Claro que é mera coincidência, até porque só tenho questionado algumas coisas de algumas personalidades que teimam em se manter no poder em Bissau…

Mas se na escrita estes ataques só habituais, já não o serão tanto entre os fotógrafos, excepto quando sejam os paparazzi.

Ora foi, precisamente isso que aconteceu com um fotógrafo em Hong-Kong. Richard Jones, fotógrafo do jornal britânico Sunday Times foi alvo do ataque de um guarda-costas de uma distinta senhora, esposa de um brilhante e magnificente estadista africano, porque aquele fotógrafo decidiu ao arrepio do bom senso incomodar a distinta senhora que deveria estar, como qualquer turista, que se preze, comprar algumas imbambas para levar para o seu país, e, provavelmente, para distribuir solidariamente pelos pobres – será que os há? – do seu País. E a dita e nobre senhora estava só, na altura a sair de um hotel onde teria pernoitado e onde um suite custa só, qualquer coisa como 670 euros a noite e envergava na altura uma “écharpe de caxemira de cor vermelha, uma mala Jimmy Choostyle, no valor de 2 200 euros, e uns óculos Cavalli”. Coisa pouca para quem, como ela vive num país riquíssimo e com um povo sem pobreza.

Esqueci-me de dizer que a dita e nobre senhora, que estava a visitar uma filha que está a estudar em Hong-Kong se chama Grace Mugabe e é a actual esposa do “dono” do Zimbabué, senhor Robert Mugabe!

Mas quando a caneta e as teleobjectivas são feitas de boa matéria, raramente, ou nunca, vergam e arrazoam sempre o que mal está, esteja onde estiver e seja sobre quem for! Esquecem-se que os Jornalistas não são nem cegos, nem surdos e muito menos mudos. Talvez já não se possa dizer do mesmo dos... "jornalistas"…

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