13 março 2008

Jornalistas, uns tipos que perguntam demais…

Segundo o “O Apostolado”, a visita a Cabinda do Ministro do Interior, Roberto Leal Monteiro Ngongo, não parece ter corrido lá muito bem.
De acordo com aquele portal o Ministro parece ter tido um «calem-se que já não vos quero ouvir» por via de uma “azeda e aturada reunião […] com representantes do governo de Cabinda e das empresas empreiteiras em obras na província”.
O Ministro ia verificar como estavam em andamento o programa de investimentos públicos na província mais setentrional de Angola.
E por isso quando no final da “inspecção de 48 horas” se aprontou para os jornalistas decidiu – eles às vezes fazem perguntas impertinentes… – impedir a entrada do correspondente da Rádio Ecclésia de Angola; mas, ainda assim, o correspondente da rádio da Igreja católica angolana conseguiu saber que o Ministro estava indignado com os “atrasos detectados na execução das obras acalentadas pelo governo”; aqui só não percebi se o jornalista quereria dizer se as obras estavam «alimentadas» ou «adormecidas» pelo Governo (ver dicionário)…
Talvez porque o jornalista fosse tentar esclarecer esta dúvida é que foi impedido de entrar no local da Conferência de Imprensa.
O que vale é que o referido jornalista já teve o apoio do Sindicato dos Jornalistas de Angola que, através de um seu membro, considerou esta “peripécia como «mais um abuso da liberdade de imprensa», cuja remoção clama pelo esforço colectivo do país”.
Essa do abuso de liberdade de imprensa não lembra a ninguém… ou será que ele queria dizer «mais um abuso contra a liberdade de imprensa». Não se esqueçam que por causa da falta de um NÃO os angolanos da Diáspora julgavam que já se poderiam recensear…

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