01 fevereiro 2008

Quem abraça a crise no Chade; ou é um forçar para a União Federal?


(pescadores no Lago Chade)
Andava muito discreta a crise política no Chade.
Mas segundo as últimas notícias – não desmentidas ainda pelo quai d’orsay nem por N’Djamena – os rebeldes estão às portas da capital pressionando o regime francófono – e, ultimamente, tacitamente aceite pelo seu antigo arqui-inimigo Kadhafi – do presidente Idriss Deby.
Os rebeldes da coligação tripartida, formada em Dezembro passado, terão entrado no país na passada segunda-feira a partir do Sudão – enquanto falarem do Chade, o Mundo não esquenta a cabeça aos líderes sudaneses - chegado rapidamente às portas da capital chadiana.
Vai esmorecendo a questão do Sudão (re)emerge o problema do Chade e, por extensão, em breve será, de novo, na República Centro-Africana.
É cíclico que África tenha de ter sempre um problema para que falem dela e sempre pelos piores motivos.
Não é altura dos dirigentes africanos porem termo a estes dislates e resolverem de per si e por si próprios os seus próprios problemas?
Por isso não surpreende, ou deixa de surpreender, que o líder líbio Muammar Kadhafi ameace “desprezar” – também, mais não tem sido o que tem feito – África e virar-se para o mundo árabe ou para a região euro-mediterrânica. Tudo porque os africanos não estão muito virados para a criação de uma União Federal, semelhante à União Europeia, onde Kadhafi se vê como principal líder.
Uff! Oxalá os verdadeiros africanos nos livrem disso!!!!!!

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