19 fevereiro 2008

É a democracia uma treta?

"Democracia, a palavra mais amada e, simultaneamente, mais odiada do sistema político internacional deve a sua origem semântica aos gregos.
De facto, foi a partir de duas palavras gregas que se formou Democracia (Demos [povo] e Kratia [poder], ou “povo no poder”) sendo considerado como o pai da expressão “demokratia”, o grego Aristóteles.
Mas também diz uma certa história que, e ao contrário do que a Ciência Política vem afirmando, a versão original aristotélica considerava a demokratia uma forma injusta de exercer o poder ao contrário de “politeia” ou, no latim, “res publica” (coisa pública).
No primeiro caso haveria um governo injusto gerido por muitos ao contrário do segundo que, embora também por muitos, seria mais justo por representar o povo. Ou seja, no primeiro caso, haveria uma representação directa, aquela que se aproxima da moderna democracia autárquica – o povo directamente instalado no poder – enquanto na politeia haveria uma representação indirecta ou representativa, a que foi adoptada pelos pais da independência norte-americana, por ser, na sua concepção, mais justa, a “Democracia republicana” ou Democracia representativa.
Mas será que a Democracia é mesmo vantajosa ou é uma treta?
Em teoria todos, de uma maneira geral, mesmo os ditadores e autocratas a utilizam, embora a desprezem, a consideram como a forma mais correcta de Governar dado que os membros do poder estão, genericamente, instalados no Poder por via do voto directo – casos dos presidente nas maiorias das novas Democracias – ou por via do voto representativo alicerçado nas Assembleias Parlamentares que representam, directamente, a vontade popular.
É assim nas verdadeiras Democracias, e em África, felizmente já vai havendo algumas; é assim nas autocracias, ou, eufemísticamente para não afectar certas “aproximações que vão acontecendo amiúde, “Democracias musculadas” – o que predomina em África –; ou mesmo nas mais descaradas ditaduras – embora poucas, muito poucas, ainda as há em África. (...)
" (pode continuar a ler aqui ou aqui)
Publicado no , edição 152, de 16 de Fevereiro de 2008

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