17 fevereiro 2008

A CPLP, Timor-Leste e a crise…

Orlando Castro, enquanto jornalista do matutino português Jornal de Notícias, faz uma análise ao que (ainda não) fez a CPLP na actual situação de Timor-Leste, sob o título “CPLP só pode intervir teoricamente”.
Para aquela sua análise, Orlando Castro juntou o contributo de terceiros onde se inclui este vosso escriba e que passo a citar: “Em termos políticos, de acordo com o especialista angolano em Relações Internacionais Eugénio Almeida, "o grande problema da CPLP é não ter, ao contrário da britânica Common-wealth ou da Communauté Française, um Estado com capacidade de projecção e liderança que defina e determine as linhas de actuação da Comunidade, tal como faz Londres ou Paris".
O facto, "ainda não ultrapassado e se calhar de difícil solução, de a CPLP não falar a uma só voz, de não ter uma voz de comando que determine o rumo a seguir, leva a que, em situações de crise num dos seus membros, sejam terceiros a resolver o problema", diz Eugénio Almeida.

Já agora e para elevar mais as suspeições às estórias mal-contadas, nomeadamente, à diferença horária entre os atingidos major Reinado e o presidente Ramos-Horta, a notícia que este estava a pensar em convocar eleições antecipadas para 2009, conforme parece ter confidenciado a “Xanana” usmão e a “Lula” da Silva.
Cada vez mais me convenço que os alvos eram precisamente o major Reinado, para não “falazar como nunca teria falazado” (Asterix dixit) sobre as suas estranhas relações com os australianos e com alguns políticos timorenses, e o presidente Ramos-Horta, por não querer, talvez, continuar a pactuar com o neo-colonialismo australiano.
Como relembra a embaixadora e eurodeputada portuguesa Ana Gomes, numa entrevista hoje publicada no JN, Ramos-Horta tentou sempre a que Fretilin fizesse parte de um Governo de unidade nacional, por considerar aquele movimento/partido como “um pilar da construção democrática”.
E sabendo que dentro da Fretilin há personalidades que não morrem de amores pela Austrália e que são duros de negociar como os próprios aussies o reconheceram por mais de uma vez, relembremos os acordos sobre o petróleo…
Já agora porque o Governo autorizou as buscas efectuadas pelas Falintl-FDTL e não lhes entregou mandados de busca? Pensa(vam) o Governo/Ministério Público e os militares que os “renegados” estariam descansados “a tomar uma cerveja numa esquina e a fazer sinal do tipo "estou aqui"” e venham-nos prender?

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