01 dezembro 2007

Um bilhete postal de João Craveirinha

Bilhete a um cumpadre luso-angolano

Assunto HCB e insulto ao Presidente de Moçambique em blogues (e ponto final)

“Tal como outros também eu escrevi sobre o assunto. Não penso que tenha insultado o presidente de Moçambique.” ECA

Ó meu, desde quando és "português" passadista? Tens o angolê à frente. Pelo que sei a carapuça nunca te serviria! Tenho lá no artigo escritos do avô bem português, Guerra Junqueiro, “a responder”, e quase ninguém reparou. A cegueira não curável de muitos em Portugal é de tal ordem que só arregalaram os olhos e fixaram-se na minha "cor genética" (e não na legitimidade da cor do meu nome bem português). Se esqueceram das minhas avoengas lusitanas (Abrantes e Algarve) para além das afro-baNto - ambas com orgulho, mas não fanático. Eehheeh.
Se a língua pode ser Pátria então os da dita Lusofonia ao escreverem em "bom português" - cada um à sua maneira juntos na sinfonia - não somos todos da mesma Pátria linguística-oficial? Parece-me que quando alguém “como eu” contesta o que há de mal nos ismos de certos portugueses toda a “comunidade” se desorienta e cerra fileiras à toa. Penso que esses complexos portugueses, tu, não os enfermas, por isso onde está a maka –, cumpadre lá da baanda do Sabizanga em Loanda, ao virar de uma esquina em Lijibóa?
Estamos juntos (parafraseando o Manhique, pivot de Rádio e Televisão de Moçambique).

Assinado: João Craveirinha, d’Aquém e d’Além Mar.

Eeheheheheh.

Um dia, palavra d’ora , juro, xicwembo xa va ka nyaka, vou colocar isso no meu brasão, dos barões afro-lusos não assinalados, de onde se destacou o mui nobre, Sebastião de Carvalho e Melo, o Marquês de Pombal. Bisneto da “preta Marta Fernandes e do cristão-novo Sebastião da mata escura” e dos Carvalho sem Melo.

Eheehhehe…aahahhaha.

Post scriptum: Bom fim-de-semana camarada escriba.

Sem crise. Que essa (económica e financeira e por arrastão, social) virá depois de 2010 quando os fundos da EU/CE deixarem de pingar no reino da Lusitânia para mal de nossos pecados e dos outros da Lusofonia. E com os custos do novo aeroporto ou sem eles. No entanto, um milagre poderá surgir. Portugal não é o país dos “milagreiros”? A minha madrinha de Fátima (de baptismo) pode dar outra vez uma ajuda.
A necessidade aguça o engenho – daí o “desenrascanço” português. Mas até quando num mundo cada vez mais global e mais profissional em ICT?

O vôvô Guerra Junqueiro lá previra em sua época:
...” Mas na opinião do mundo, já Portugal não existe. Dura, mas não existe. Dura geograficamente, mas não existe moralmente. A Europa já considera isto uma coisa defunta, espólio a repartir, iguaria a trinchar. Salva-nos da gula dos comensais a rivalidade dos apetites. No dia em que se harmonizem devoram-nos.” Pág. 640. Obras do poeta Guerra Junqueiro (n.1850- +1923).

(É preciso saber ler bem nas entrelinhas e até está escrito em português escorreito.)

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