05 novembro 2007

Abusos ou inconsciências?

(DDR)
Sob o título acima publiquei na secção “Colunistas” do Notícias Lusófonas um artigo onde alertava para o facto de saber que estavam a ser publicados artigos assinados – e correctamente assinados – por mim sem que dos mesmos houvesse autorização expressa para o fazerem (podem ler o artigo aqui ou aqui).
Entre os visados estava um dos arautos da Liberdade de informação em Angola, o Folha8, dirigida pelo carismático William Tonet, que soube, hoje estar hospitalizado no Brasil e a quem desejo rápidas melhoras.
Fi-lo na consciência que estava a alertar o próprio director das inconveniências em fazê-lo e, segundo o que me diziam de Luanda, sem referência à fonte inicial do mesmo.
Já ontem aqui coloquei um texto sobre a mesma matéria.
Todavia hoje recebi um e-mail de William Tonet que, embora me tenha sido enviado, na prática não me é dirigido mas a uma terceira pessoa onde é claramente nomeada.
Por respeito às duas entidades, o emissor e o visado não publico o citado e-mail.
No entanto há na epístola de Tonet uma frase que me diz respeito pessoalmente a mim e que passo a transcrever com a devida vénia ao emissor e ao visado: “Ademais sobre alguns textos e forma de publicação, recordo-me ter falado quer com o Eugénio, como o Eurico, após a tua permissão e quando fui ao Porto levei-te jornais para veres como estavam a sair os artigos.”
De facto fui contactado por William Tonet, via telemóvel, com quem troquei curtas palavras porque, e como ele o diz, ia para o Porto tendo ficado acordado nessa curta conversa – por sinal encontrava-me na Casa de Angola em despacho – que ir-nos-íamos encontrar dois ou três dias depois, após o seu regresso do Porto, para uma conversa mais alongada e pessoal.
Infelizmente, e segundo soube, os contactos no Porto prolongaram-se por mais tempo que Tonet desejava e quase que saiu directo para o avião que o levou de volta à nossa terra bem amada.
Ou seja, foi esse o único contacto que tivemos. Depois disso nada mais me ocorre!
Reitero o que já escrevi. Quero acreditar que houve alguma deficiente interpretação de William Tonet por quem mantenho – e disso ninguém me pode impedir de o ter – o maior respeito estima pelo trabalho que, tal como Rafael Marques, tem levado a efeito em Angola na defesa da liberdade de informação.
Tal como reitero que poderia ter publicado artigos e textos meus, depois de, através de um pequeno e-mail dado que o meu endereço é de domínio público, solicitado a sua permissão e deveria ter sido sempre colocada a fonte original dado que não estava, nem estou, a escrever directamente para o Folha8 ou outro órgão angolano que, abusivamente, publique artigos meus sem a minha prévia autorização ou a quem eu próprio lho tenha remetido, como já o tenho feito com órgãos informativos angolanos ou outros portais lusófonos.

1 comentário:

Anónimo disse...

Não terá tudo isto sido trabalho encomendado pelo senhor Tonet, de modo a se livrar de acordos feitos?
De fato, o senhor Tonet não dá nó sem ponto e joga em todos os campos.

Zacarias Samuel