22 setembro 2007

Portugal e a neutralidade colaborante

"Portugal continua a fazer uso da sua já proverbial “neutralidade colaborante” ou seja, estar bem com Deus e com o Diabo.
S ão quatro os casos recentes que demonstram essa teoria. A presença em Portugal das FARC, entretanto reconvertidas em Café da Colômbia, o Tratado Europeu, Robert Mugabe e Dalai Lama.
Há dias escrevi para um portal noticioso lusófono, o Notícias Lusófonas, um artigo onde o título era, só por si, indicador da inépcia e da incongruência da diplomacia do lusitano Palácio das Necessidades “Se as FARC entram em Portugal porquê impedir Robert Mugabe?”.
O que distingue um do outro? (...)
" (pode continuar a ler aqui ou no portal do CS através do título)
Artigo de opinião publicado no semanário , de 15.de.Setembro.2007, sob o título "Portugal e a diplomacia da neutralidade colaborante"

1 comentário:

AGRY disse...

Ontem descobri o seu Blog e fiz um breve comentário em jeito de apresentação. Afirmei que gostei do que li e que voltaria
A propósito de insunuações contidas no texto e que nada têm a ver com Portugal ou com o seu governo de direita, optei por “postar” um fragmento de uma minha postagem:
“Gostaria de habitar um mundo não aprisionado numa armadura de dogmas de qualquer natureza,um mundo sem profetas e solidário. Gostaria que neste cantinho do planeta flagelado por décadas de autoritarismo, de incultura e de repressão, se reciclassem, com urgência, os resíduos ideológicos abandonados no quintal da história e que ameaçam propagar-se e poluir a atmosfera social. Entre os seus portadores mais conhecidos, recordo alguns opinion makers cá da praça:experimentam enormes dificuldades em disfarçar a sua condição de clone de figuras sinistras do passado. Burguesmente instalados no mundo,mergulhados até às virilhas na sociedade de consumo, são superficiais, frívolos e tentam simular um elevado grau de iliteracia politicaAgem e pensam como robots manipulados e manipuláveis. Finalmente,Gostaria que se derrubassem os muros da intolerância, da verborreia e do xicoespertismo preconceituoso e reaccionário Gostaria de participar na construção de uma sociedade mais justa capaz de lutar incessantemente por nivelar, por cima, a sociedade Gostaria,enfim, que não se mutilasse o conceito de democracia: as suas componentes sociais, económicas e culturais são indissociáveis da cómoda e redutora interpretação que se circunscreve às liberdades politicas”.
Acrescentarei apenas que quando falo de democracia não me refiro à democracia formal, burguesa,
elitista, enfim …democracia para inglês ver e americano comprar.
Já agora, deixo-lhe algumas interrogações?
“Até quando continuaremos a acreditar na história do agressor agredido, que pratica o terrorismo porque tem o direito de defender-se do terrorismo?
Até quando se poderá exterminar países impunemente?
Até quando continuará a correr o sangue para que a força justifique o que o direito nega?
Até quando aceitaremos, como se fosse normal, a matança de homens em guerras cegas em que se esqueceram os pretextos?
Até quando continuaremos a aceitar que a tortura continue a legitimar-se, como o fazem os americanos em Guantanámo? .
Até quando continuará a valer dez vezes mais a vida de cada americano?
Os terroristas parecem-se entre si: os terroristas de Estado, respeitáveis homens de governo, e os terroristas privados, que são loucos soltos ou loucos organizados “ (EG)
Termino com Mia Couto: “Há um terror invisível que pode estar alimentando o terrorismo internacional. Esse é o terror da fome, da pobreza, da ignorância, o terrorismo do desespero perante a impossibilidade de mudar a vida”
Até sempre
Agry