30 junho 2007

Quem me explica?

(um voto no lixo?)
Já aqui por várias vezes referi que não costumo participar na vida política portuguesa excepto no que toca às participações autárquicas porque são estas as únicas que devem merecer a minha total atenção.
Também faço uma pequena derivação para os assuntos europeus porque, em regra, moldam as nossas vidas sociais e, como sabem, também, eu e os assuntos europeus não morremos de amores um pelo outro.
Mas voltando às questões autárquicas.
Lisboa, por razões de políticas internas de um partido que apoiava o cessante edil, vai a eleições.
Já agora, um pequeno parêntese para a campanha de um dos candidatos. Acho interessante aquele cartaz de Negrão onde diz que aqui não manda o governo mas o Presidente; só não explica se o da república ou o do Partido, porque Presidentes e como dizia o antigo Presidente zambiano, Kaunda, e, de certa forma, os brasileiros, só há um, o da República e mais nenhum.
Os edis das Câmaras deveriam ser Perfeitos, como os intitulam os brasileiros, ou Administradores camarários, mas nunca presidentes.
Mas, voltando às eleições.
No próximo dia 15 de Julho lá vamos nós fazer uma pausa nas férias – fá-lo-emos? – e colocar a cruzinha no boletim de voto.
São doze, salvo erro, os candidatos à principal Câmara de Portugal – por norma uma rampa de lançamento para mais altos voos, sabê-lo-ão Sócrates e Mendes? – e, incompreensivelmente, pelo menos para mim continuará a sê-lo, dois dos candidatos não votarão.
Porquê? porque, pura e simplesmente, não vivem, residem, em Lisboa!!!
Ora aqui está mais um dos escândalos da política portuguesa. Um candidato a edil sem conhecer os reais problemas da cidade por onde se candidata – porque sejam honesto, não o sabem, realmente, e já deram provas disso – poder fazê-lo!
E isso acontece com os dois candidatos dos dois principais partidos portugueses, os senhores António Costa, do PS, e Fernando Negrão, do PSD, o que parece indiciar não um “combate” pela Câmara mas uma disputa pela supremacia política nacional!
Os cidadãos de Lisboa que se danem. É o que se pode interpretar…
O que é preciso é que um deles fique á frente porque isso poderá, diria, irá, condicionar as estratégias dos seus partidos para o futuro!
Será que não é altura do Tribunal Constitucional português acabar com esta promiscuidade de não-cidadãos se fazerem eleger em locais onde não residam? É que se alguém espera que seja a Assembleia da república bem pode esperar anos a fios sentados porque muitos empregos iriam por água abaixo.
Por mim, já há muito isso deveria ter acontecido.
E quem diz em cidades di-lo, também, pelos círculos provinciais…

2 comentários:

Anónimo disse...

Eugênio,
Dizias na última passagem pelo meu blog que não conseguias acessá-los, nem deixar comerntários(?).
Já é possível.
www.olhoatento.blogspot.com
www.10encantos.blogspot.com
www.olhoensaios.blogspot.com

E ohla: Esta página (a tua)é minha passagem "obrigatória".

Zenix disse...

Caro Eugênio,

Infelizmente, não posso discordar na totalidade consigo. Gostaria era de ver os respectivos candidatos a lançarem propostas para a cidade numa lógica de Gestão, no sentido literal da palavra.