27 junho 2007

Lusofonia ou Brasilofonia, uma pertinente achega

De um leitor, infra devidamente identificado, recebi esta achega que pela actualidade, a Lusofonia está sempre actual, e depois de autorizado, muito gostosamente publico.
Um debate que se exige e se propõe.
Um debate que deve ser alargado a todos os povos que têm o português como sua língua, ou idioma, oficial.

Prezado senhor Eugênio,
Li, com muita atenção e interesse, seu artigo Lusofonia ou Brasilofonia?
Me permita discordar apenas num aspecto. Nossas tvs de sinal aberto não legendam filmes – e nunca o fizeram. A dublagem é o procedimento dominante.
Nos cinemas e nas TVs por assinatura, as legendas – quando usadas – são para a exibição de filmes e séries em idiomas como o Inglês e o Francês. Devo dizer ainda, a bem da verdade, que filmes e séries portuguesas – infelizmente – não têm espaço em nosso mercado, ao contrário do que ocorre com a produção audiovisual brasileira – especialmente as telenovelas - muito bem aceita no mercado internacional e, especificamente, nos países onde o idioma Português é dominante. Sobre a Brasilofonia ou lusofonia, avalio que o senhor seja o especialista no assunto – e não eu. Mas pelas distâncias que nos separam e pelas dimensões de meu país – com conseqüentes e diferentes sotaques entre estados e regiões – devo dizer que as diferenças são naturais e não admitem culpados. Importante mesmo é manter o idioma vivo e pujante como, tenho certeza, o senhor também assim o deseje.
Ocorreu-me agora o nome do humorista Raul Solnado que, nos anos 70, fez grande sucesso por aqui, ao lado de humoristas brasileiros. Outro português, muito querido pela colônia portuguesa é o cantor Roberto Leal. Mas são poucos os que aqui se destacam. Artistas de Angola e Moçambique – e mesmo o cotidiano destes países - não são conhecidos pela grande e quase total maioria de nossa população.
Acredito que o fortalecimento do conceito de lusofonia possa mudar esta realidade.
Despeço-me desejando que o senhor continue lutando pela unidade e integridade de nosso maravilhoso idioma.
Um grande abraço
Claudio Carneiro

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