29 abril 2007

Solidariedade de um muana Moussumbidji

Referente à minha tomada de posição face aos comentários idiotas sobre um texto republicado no portal Club-K deixo esta manifestação de solidariedade recebida via e-mail e com a devida autorização de publicação pelo autor:

"Meu caro Eugénio Almeida Pululu,

Como se diz em Moussumbidji e em Ngola: ... não válé à pééna...perder tempo e responder a mentecaptos e muito menos colocar foto se expondo a futuros hackers ladrões de identidade provocando daltonismo venal a quem o lê mal intencionado(a)...experimenta fazer estudos sociopsicológicos na net e assina uma vez ou outra com um nome "afro-gentílico" nos teus comentários e verás a mudança de reacção...o importante não é mesmo contribuir didacticamente com uma mensagem? Então?
Nem é promover a imagem, para quê te expores?
Deixam de ler a mensagem e atacam o mensageiro! Crazy people!
A culpa é do ressentimento pós-colonial devido à repressão ideológica secular nem chega a ser racismo por este ser sempre conotação com supremacia europeia vulgo branca (outro anacronismo e preconceito anti-científico - branco, preto, mulato, cabrito, pardo, caporro, bicho, narro, amarelo, pardo etc...ninguém tem tal cor de pele nem é animal (mulato, cabrito, bicho) só mesmo se for cancro ou doença epidérmica ou complexos de quem o diz e de quem o aceita)...
...Por isso contra a ignorância responde com superioridade intelectual utilizando formas de testar a veracidade deles muitas vezes são maus-portugas a provocarem-te por raiva da tua posição de muanangolê mais claro ao lado dos mais escuros....é o daltonismo outra vez...eheheheh...ehehehehe
(nota sempre isto: "chamar" de branco a alguém não pode ser racismo nem insulto porque no preconceito e conceitos ideológicos políticos é considerado superioridade por estar próximo da luz branca divina e o preto, negro às trevas é essa a origem remonta a 1441 /1478 de Antão Gonçalves, Tristão da Cunha (justificar a escravatura como profilaxia de trazer à luz divina os afros nas trevas). Aliás a Crónica dos Feitos da Guiné de Zurara serviu de tese disso ao Papa Nicoulau V…
Por tal meu caro, atitudes dessas, mesmo insultuosas contra ti…só podem ser mesmo… ressentimento fruto de um complexo colonial de recalcamento (ainda que compreensível) mas é por aí que se terá de responder em conformidade esclarecendo o erro dessas posições com dados sólidos) …a ignorância queima dos dois lados.
Meu caro E.A., encolhe os ombros. Faz como eu, apesar de ameaçado ainda a semana passada, via telefone e emails, por portugueses de Lisboa com voz de "gentios afros" como se fossem do Sise (na dúvida para se pensar se é o de lá ou o de cá)...nosso delito é ter opinião independente...falam de democracia mas quando toca a liberdade de expressão dos outros...iiii chega pra lá...e só lhes resta o insulto gratuito...que acham que merecemos ficar calados e aterrorizados... bem basta o do outro que vive em túneis para tornar o mundo mais perigoso e inseguro.
Sem crise e sem emoção ou rancor de maior... cantando e rindo lá vamos como escreveu o Alfred Keil que até nem era português...mas sentiu a terra alheia...que nem é o nosso caso...envoltos por jus sanguinis entre uma Mátria e uma Pátria...e outras mais que somente um teste de ADN poderá revelar numa maior abrangência a nível de cidadão do mundo... neste planeta azul chamado Terra. No fundo mesmo somos um arco-íris genético.

Fica bem
João Craveirinha
(um muana Moussumbidji, cidadão do mundo)
"

Face a estas palavras só posso e consigo dizer OBRIGADO Muana Craveirinha!

1 comentário:

Didinho disse...

Os meus parabéns ao João Craveirinha por esta brilhante exposição, que é, sem dúvida, uma importante lição de vida!

Não diria melhor num gesto de solidariedade com o Eugénio Almeida, por isso, subscrevo a mensagem de João Craveirinha transmitindo, igualmente, a minha solidariedade para com o Eugénio Almeida.

Cumprimentos

Fernando Casimiro (Didinho)