04 dezembro 2006

Kofi contraria Bush!

Enquanto George W. Bush (júnior e presidente dos EUA) afirma que no Iraque ainda não há condições para surgir ou emergir, quanto mais já ocorrer, uma guerra-civil – por acaso também já contrariado pelo seu pai Bush sénior quando previu a derrota eleitoral – o ainda Secretário-geral das Nações Unidas, senhor Kofi Annan, afirma o contrário.
Para Annan o que se passa no Iraque já há muito que ultrapassou os limites mínimos de uma guerra-civil chegando ao ponto de afirmar que o povo iraquiano estava melhor no tempo de Saddam.
Poderia ser um déspota, um tirano, um ditador facínora que não respeitava ninguém nem na sua família, mas, segundo Annan citando iraquianos, poderiam sair à rua e sabiam que os seus filhos voltavam sempre ao fim do dia.
É um pouco redutor; claro que é.
Mas penso que mostra como foi totalmente deturpada a ideia inicial de, derrubando um tirano, tornar o Iraque e a região melhores.
E as consequências já começam a estar bem visíveis. Os republicanos perderam as eleições na mesma medida que estão a perder a guerra no Iraque, – tal como no VietNam, a História não termina e recicla –, a administração Bush já perdeu um secretário de Estado da Defesa, Donald Rumsfeld e acabou de perder o seu mais visível rosto na ONU, o diplomata John Bolton.

2 comentários:

Anónimo disse...

Caro amigo,
Saddam era um ditador.
Mais um entre tantos.
Concordo com as palavras do Kofi.
Devemos levar em conta que são culturas diferentes.
Se Saddam era um tirano não cabia aos EUA interferir. Até porque o objetivo não era proteger o povo das atrocidades do ditador tirano.
E tão pouco implantar democracia.
A falsa desculpa para o início da guerra até hoje não foi provada.
O petróleo sim. Esse era o grande motivo.
Semana passada Bush disse: a situação no Iraque está fora de controle. Ri. Só agora ele chegou a essa conclusão?
Aliás na época da invasão do Iraque ele passou por cima da decisão da ONU de não invadir. Deu uma solene banana para o senhor Kofi.
Bush é um idiota. Imagina querer impor a "falsa democracia" americana numa região com cultura, religião e hábitos totalmente diferentes. Só um imbecil seria capaz de tal coisa. Mas o petróleo falou mais alto. E hoje vemos o que vemos.
Você não citou no seu blog mas permita-me o comentário.
Pinochet se foi. Foi tarde.
Ele e o Emílio G. Médici, presidente na época da ditadura no Brasil, faziam uma bela dupla.
Se existe inferno após a morte com certeza eles se encontraram.

ELCAlmeida disse...

A morte de Pinochet foi citada mais tarde. Além da dele há algumas que deverão estar a acontecer breve.
Cumprimentos
EA