14 novembro 2006

Xanana, Fretilin e o estado do Estado timorense

A Fretilin tem vindo a acusar que algumas pessoas – sem as identificar – estiveram por por detrás dos acontecimentos de, e posteriores, Maio passado, especulando que tudo não terá passado de “um plano bem traçado de contra-inteligência, tendo em vista a subversão da ordem constitucional”.
Xanana Gusmão, enquanto presidente de Timor-Lorosae tem exigido à Fretilin que identifique essas pessoas para que as mesmas sejam presentes às autoridades e respondam pelos actos.
Até aqui tudo bem.
Agora já não se compreendem são algumas das palavras que eventualmente terão sido imputadas ao presidente timorense “O Povo Unido até pode ajudar … a apanhá-las e metê-las em Becora [principal prisão em Timor Leste], para aprenderem a perceber que a nossa democracia não permite manifestações contra o Governo! Eu creio que o povo ficará contente e descansado por, finalmente, castigarmos esses profundamente anti-democráticos e golpistas!!!
Mas é anti-democrático fazer-se manifestações contra o Governo? Então não é esta uma das maiores premissas da Democracia o Povo se manifestar – dentro da legalidade exigida, lógico – sempre que os seus direitos estejam a serem violados, sejam pelo Governo ou por terceiros?
Em circunstâncias normais diria que teria havido uma eventual incorrecta tradução das palavras de Xanana Gusmão de tétum para português. Ora acontece que o documento presidencial estava em português sendo enviado à Agência Lusa e parcialmente publicado, em tétum, na edição de ontem do diário «Suara Timor LoroSae» pelo que os jornalistas não poderão ser culpabilizados de deficientes interpretações.
Poucos dias depois de ter sido recordado o 15º aniversário do massacre do cemitério de Santa Cruz não me parece curial toda esta polémica.

1 comentário:

Anónimo disse...

Estamos fartos dos criminosos e aldrabões da Fretilin