19 maio 2006

Guiné-Bissau, e a troika…

Parece que a troïka guineense está a desmoronar-se.
Depois de Fadul ter afirmado que ia abandonar a política e a liderança do PUSD, eis que quadros do PRS, de Kumba Yala, se juntam a quadros do PAIGC e formam um Grupo de Iniciativa de Salvação Nacional com vista à busca de um verdadeiro consenso nacional em torno da Guiné-Bissau.
De acordo com aqueles dirigentes o país precisa de uma maioria estável que só o PAIGC e o PRS podem fornecer, sem que isso obrigue o actual Governo de iniciativa presidencial ter de cair. Ora, e de acordo com algumas fontes, a criação deste Grupo de Reflexão já terá acolhido o interesse das cúpulas dos seus partidos já que ambos se vão reunir para encetarem o diálogo entre si.
Não esqueçamos que estes desenvolvimentos tiveram o seu ponto de partida numa reunião ocorrida entre o presidente “Nino” Vieira e o candidato derrotado Bacai Sanhá onde ambos concordaram que o país deve se sobrepor às questiúnculas pessoais e partidárias e dever ser criado um Governo de união nacional.
O país precisa, realmente, de paz, sossego e unidade nacional para poder se (re)afirmar no seio da Nações Unidas e na região.
Entretanto o Tribunal Supremo aprovou a criação de um novo partido político, a 31ª força política, o Partido da Nova Democracia, que, de acordo com o presidente da comissão instaladora, Ibraima Djaló, se inspira “nos ideais do partido homónimo português liderado por Manuel Monteiro” e como este, defendem o liberalismo político e económico como modelo de sociedade. De notar que a grande maioria dos quadros no novo partido guineense foram apoiantes de Iaia Djaló à presidência da Guiné-Bissau.

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