12 abril 2005

Acórdão Simutenkov: e agora, FIFA?

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O Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias (TJCE) decidiu que o jogador russo Igor Simutenkov, passa a gozar de "benefícios idênticos aos dos cidadãos comunitários".

Actualmente a militar num clube norte-americano depois da Freal Federação Espanhola de Futebol lhe ter negado o direito de ser utilizado no Tenerife, onde jogou entre 1999 e 2001, como jogador comunitário.

O TJCE alicerçou a sua decisão no facto da União europeia ter efectuado um acordo especial reconhecido por Acordo de Parceria e Cooperação, no caso celebrado com a Rússia em 1997.

Ora acontece que a UE tem assinado com vários países acordos similares, nomeadamente com o Brasil, Argentina e a grande maioria dos países do ACP (África, Caraíbas e Pacífico).

Quer isto dizer que, em breve, deveremos ter mais africanos a militarem, livremente, nos campeonatos europeus e nas mais diversas modalidades.
Na prática, isso já acontece em França onde os naturais dos países francófonos gozam de direitos desportivos quase iguais aos franceses. Daí se verem inúmeras equipas francesas com imensos e talentosos jogadores nas suas fileiras.


Ou seja, temos, dez anos depois, um novo caso Bosman em que, desta feita, a FIFA nada poderá fazer.

É um acórdão que se vai tornar num grande problema mundial para um dos maiores “polvos” da moderna sociedade; as cúpulas do futebol.

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