10 novembro 2004

STP, que liberdade de imprensa??

Em Portugal fala-se muito no contraditório por causa do Caso Marcelo / TVI / Governo.
Ora, pelos visto a moda pegou para além-fronteiras lusas. Já ontem a RTP África fez eco; hoje é na Angop, como se reproduz, em parte:
"O Sindicato dos Jornalistas São-tomenses (SJS) insurgiu-se contra a exigência do partido no poder para a revisão dum acordo assinado com Portugal que permitiu a entrada no arquipélago da RDP e da RTP, soube-se hoje de fonte segura em São Tomé. Numa recente sessão parlamentar, os deputados do MLSTP/PSD, no poder, exigiram ao primeiro-ministro, Damião Vaz d`Almeida, tome medidas para a revisão do acordo de cooperação no sector da comunicação social assinado com Portugal, alegando que a RDP e a RTP "estão a sujar a imagem do país". Entretanto, o SJS diz-se atento e prometeu denunciar as acções que visam silenciar os dois órgãos portugueses que abordam, essencialmente, assuntos ligados aos PALOP. "O primeiro alvo a abater pelo actual poder são vocês os jornalistas para depois proporem em vosso lugar profissionais fiéis ao poder. A direcção da RDP e da RTP- África têm que estar atentas porque até agora os seus correspondentes têm prestado um bom serviço à São Tomé e Príncipe" afirmou o presidente do SJS, Ambrósio Quaresma, que prometeu, ainda, também levar a cabo um "combate cerrado" em nome da liberdade de imprensa no arquipélago.
Primeiro na Guiné-Bissau, ontem em Portugal, hoje em São Tomé e Príncipe, amanhã...
Soubre esta problemática da Liberdade de imprensa, estou a recordar-me de uma comunicação de David Borges, no Congresso da Quadros da Lusofonia, organizado pela Liáfrica, sob o título "A libertação do jornalista" - citada na íntegra do Jornal Lusófono, nº 52 de Maio de 2004 - onde abordava as sete "libertações" do jornalista. E duas delas diziam respeito à "libertação é a do respeito interno e externo pela função jornalística" e a outra à "do corte com todos os condicionalismos políticos" com a consequente "defesa das conquistas já obtidas".
Penso que deveria ser reeditada esta Comunicação que embora tenha sido dita em Maio passado está muito actual.

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