06 outubro 2004

Guiné-Bissau: sublevação, intentona, revolta ou ajuste de contas?

Se a questão militar em Bissau tinha a haver com problemas financeiros – subsídios da missão de Paz da UNOMIL que os sublevados suspeitavam já terem sido gastos pelas chefias militares – e reajuste das patentes, como se justifica que o líder do Coup d’ État de 14 de Setembro que depôs Kumba Yalá e chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA) general Veríssimo Seabra, tenha sido morto, bem como o chefe de Informações militares e Recursos Humanos do Estado-Maior, gen. Domingos Barros, e o chefe de Estado Maior do Exército (CEME), gen. Watan Na Lai?
Segundo a agência africana PANA, outras altas patentes militares estão desaparecidas ou, eventualmente, raptadas.
Como se explica que ao princípio da noite tenha sido decretado o recolher obrigatório e revogado cerca de 35 minutos depois.
E como explicar a atitude de Lisboa que parece indicar ter sido, desta vez, apanhada com as “calças na mão”?
Também alguém explica como é que a União Africana ainda não tenha vindo a terreiro condenar a sublevação.
E a pergunta final fica no ar: sublevação? intentona? revolta? ou simples ajuste de contas?
Esperemos pelos próximos capítulos, até porque a população aparenta estar a leste destes desenvolvimentos.
Uma coisa é certa; o país é que pode perder, tanto pelo lado da ONU como, mais importante ainda, os fundas da união Europeia que lhe fazem muita falta.

2 comentários:

Anónimo disse...

What you say?

ELCAlmeida disse...

nothing, nichts, rien, niente, nada... ou seja, cada um tire a interpretação que quiser.
E já agora... se não estão registado no Bloger é lógico que apareçam como anónimos, mas... a boa educação chama-se "assinar" no fim. EA