26 setembro 2004

ONU e as Cadeiras permanentes

Desde a sua criação, há 59 anos, que a composição do Conselho de Segurança nas NU se mantém inalterável, ou seja, uns 5 magníficos (membros permanentes) a que se juntam, por permanência de dois anos, dez outros Estados membros não-permanentes.
Também desde há um tempo a esta parte que alguns Estados, quer pelo seu desenvolvimento, quer pela sua posição geo-estratégica e continental vêm manifestando o desejo de pertencer ao organismo mais poderoso da ONU, cujos membros usufruem do privilégio do direito de veto e que é integrado por cinco países: China, Estados Unidos, Rússia, França e Reino Unido.
Por causa disso, quatro países dos cinco países que têm manifestado a sua intenção de aderir ao grupo dos países com assento permanente no Conselho de Segurança, aproveitando a última reunião da Assembleia-geral da ONU decidiram unir os seus esforços para forçar a entrada naquele clube particularmente selectivo e que permanece inalterado: Alemanha, Brasil, Índia e Japão.
E onde está a Nigéria que tem sido apontada com o principal representante de África.
Não que concorde com esta escolha, mas porque é que África ficou de fora e a Europa passava a ter quatro representantes e a Ásia três?Um pouco estranho esta posição tendo em conta que é em África que estará o futuro poder económico. Não esquecer que as maiores reservas petrolíferas estão em África e que as principais fontes de matérias-primas ainda em bruto estão, também, neste Continentes.
Por mim acabavam-se os membros permanentes e o Conselho de Segurança seria um órgão permanente de apoio à Assembleia-geral, único órgão com poderes decisórios.

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