22 setembro 2004

25 anos depois...

Um quarto de século já se passaram. E neste período de tudo aconteceu.
Uma guerra fratricida e sem quartel que justificou a corrupção, uma cultura do poder, uma privatização do Estado que criou um clientelismo gasterópede, aliadas a estranhas e contínuas movimentações no poder, enfim... de tudo aconteceu.
Foi há 25 anos que um obscuro, mas emergente engenheiro de petróleo, assumiu a presidência de Angola após a estranha e nunca cabalmente esclarecida morte de Agostinho Neto numa qualquer mesa de operações de Moscovo.
José Eduardo dos Santos é um dos mais antigos Chefes de Estado africano - nesta altura só Kadhaffi, Mubarak e Mugabe rivalizam com dos Santos - e parece não ter quem possa impedir a sua perpetuação no poder.
Oposição clara e credível não existe e a que surge não merece qualquer tipo de credibilidade.
A que devia existir, parece ter adormecido após as eleitorais internas. Falo de Samakuva e da UNITA.
Dir-se-á que é por causa do GURN. Seja. E assim perde o povo, a democracia pluralista e a rotatividade do poder.
Depois não venha Aguinaldo Jaime afirmar que mais de mil milhões de dólares norte-americanos estão depositados em contas poupança, algures no estrangeiro e que só uns quantos, mas pequenos, investidores desejam contribuir para o desenvolvimento de Angola.
É que todos acreditamos numa Angola grande, próspera, feliz e condutora no seio da SADC.
Mas...

Sem comentários: