27 julho 2004

CPLP - A Cimeira do crescimento?


Realizou-se nestes dois últimos dias mais uma Cimeira da CPLP que, desta feita teve a presença, como observador, a hispânica Guiné Equatorial (daí que José Alberto Carvalho tenha vista a boca fugir para a "CLPE"). Será o prenúncio do crescimento da CPLP?
Da reunião, que uma vez mais foi proveitosa (só nós é que nunca conseguimos ver esses proveitos) ressalvam-se: "Acordos na área de saúde, para o combate à malária e para prevenção e tratamento de portadores do vírus HIV, além da unificação da ortografia da língua portuguesa..."ou a oferta do Governo brasileiro a São Tomé "... um telecentro com dez computadores e um servidor, para serem utilizados no processo de inclusão digital da sociedade e do Governo local."
Quanto aos acordos de saúde, acredito que têm pernas para andar e a cooperação será, por certo, frutuosa. Já quanto aos acordos ortográficos? que já estão ratificados por Portugal, Cabo Verde e Brasil? não sei. Senão vejamos: os brasileiros ainda persistem no terno, em vez do fato (porque este é fa(c)to); registro, em vez de registo; enfim. Harmonização ortográfica. Olha se não houvesse?
Seja! Viva a Cimeira acabada... Viva a Cimeira de 2006 na Guiné-Bissau, que se espera ser a do aplauso da consolidação da democracia e do desenvolvimento neste país.

25 julho 2004

Mantorras - parte 2


Ok. Aceito que Mantorras tenha falsificado o seu passaporte. Se ele o diz!!! quem sou eu para duvidar.
Mas... Saiu e reentrou em Portugal, várias vezes e devido aos tratamentos, com um passaporte caducado (Janeiro 2004); entrou na Suiça normalmente - país que todos sabemos ser muito meticuloso com estrangeiros -; saiu da Suiça também naturalmente (ainda não percebi se falsificou no hotel ou no avião) e só é detectado pela "competência" de um funcionário das alfândegas portuguesas ao reentrar nesta última vez?!?!?!.
Ok. Se ele diz que falsificou e nem sabia onde estava o passaporte particular... quem sou eu para duvidar.
Só que ... alguma coisa vai mal nos Serviços de Fronteira portugueses e suiços. Ou não????

23 julho 2004

Pedro Mantorras - SIM!!!


Mantorras detido por uso de passaporte falsificado! ou Pedro Mantorras retido no aeroporto
De acordo com a Lusa e citada por várias fontes "Pedro Mantorras, futebolista angolano ao serviço do Benfica, foi detido pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), no Aeroporto da Portela, por uso de passaporte falsificado. De acordo com o SEF o documento, segundo técnicos de perícia documental, confirmou "indícios de falsificação", designadamente "rasuras na data de validade".
É estranho que a um atleta que tem viajado entre Portugal e outros países, mesmo fora da órbita comunitária, nunca tenha sido detectado qualquer anomalia documental; que um Consulado Geral de Angola, em Lisboa, permitisse essa situação a um dos seus maiores atletas.
É crível isto? Não me parece.
Principalmente quando um país como a Suiça, muito ciosa da sua personalidade e "bons costumes" fosse permitir a entrada de um "falsificador".
Ou que, estranhamente, e a fazer fé nas palavras do Director de Comunicação do Benfica, toda a bagagem encarnada tenha sido totalmente revistada.
É estranho. Vamos lá a saber porquê!!!!!

20 julho 2004

Angola: grande é este meu país que...

...Tem um deputado que admite ouvir a voz dos Cabindas "...para se saber o que é que pretendem" e caso disso "avançar para o repensar da espécie de Estado que Angola será, abrindo a possibilidade de autonomia de Cabinda...", e logo é insultado ao ponto de um jornal decidir fechar um debate, que entretanto tinha disponibilizado, devido a uma série de idiotas que só pensam com e para o umbigo...
...Autoriza um ex-general das FALA, Moisés Lomba, seja convidado a não se deslocar a uma determinada localidade na província do Moxico, porque as populações dessa localidade, segundo o Administrador local, não gostariam de ter aí um indivíduo que dinamitou uma ponta sobre o Zambeze. E o que fizeram os generais das FAA's aspergiram perfume nas matas e savanas nas zonas da UNITA, nomeadamente na Jamba. Se foi então também não poderiam lá ir. Não é tempo de sarar feridas e re-aceitar todos. Que se saiba não houve, nem foi criado algum Tribunal sobre eventuais crimes de guerra...
... Deixa, quase impunemente, bandos de meliantes atacarem veículos no troço entre Dondo, a 120 km de Luanda, e Malange, a 400 km, roubando condutores e passageiros, e obrigando as forças policiais por causa deste surto de insegurança, obrigar os condutores circularem como nos tempos da guerra civil, em escolta de cinco a mais veículos; só o Governador provincial de Malange parece desconhecer esta situação ao ficar surpreendido com as
notícias...
... No dia de encerramento do ano legislativo angolano o partido maioritário (?) no poder tenha impedido a aprovação do texto que a oposição, tentava fazer aprovar em homenagem ao malogrado, político e académico Professor Engº Mfulumpinga Nlandu Victor.
... Onde os
Tribunais parecem não dormir ao sentenciarem um ex-deputado da UNITA e ex-Director Director Geral adjunto do de Reinserção Social dos Ex-Militares (IRSEM), em quatro anos de prisão e a uma indemnização ao Estado no valor de 120 mil dólares (USD), por uso indevido de fundos públicos em proveito próprio...
... Deixa crianças ficarem em casa a cuidar de outros menores. Algumas delas até são retiradas da escola, para tornarem-se responsáveis pelos irmãos mais novos. São, geralmente, filhos de gente de baixo rendimento, que vive da venda em mercados ou de biscates, não tendo, por isso, dinheiro para pagar um centro infantil onde possa deixar os rebentos. Estas crianças, que vivem, desde já, rodeados de perigos vários, tornam-se, deste modo, adultos precoces, para além de que acabam por ter problemas no desenvolvimento da sua personalidade e de habilidades. Afinal, elas não têm tempo sequer para ir à escola, brincar e cuidar e de si mesmas (J.A. Online de 20/Jul/2004 - Especial)...
Realmente, grande País é o meu... E queixa-se José Pacheco Pereira do seu "pobre País"!!!

17 julho 2004

O Investimento em Angola: efectivo ou surrealista?

Três torres da organização mundial World Trade Center (WTC), avaliadas em 80 milhões de dólares serão construídas no centro da capital do país nos próximos tempos”.“A Barragem Hidroeléctrica de Chicapa, na Lunda Sul, deverá estar concluída em finais do próximo ano”. “O Grupo Ferpinta “ (grupo português) ”projecta desenvolver três grandes empreendimentos fabris em Angola, das quais uma fábrica de tubos e chapas, outra de mobiliário escolar e hospitalar e finalmente uma montadora de alfaias agrícolas”.“As obras da construção do novo Hotel Turismo estão orçadas em 40 milhões de dólares e vão começar possivelmente no final do ano”. Essas são apenas parte ínfima das notícias que circularam esta semana.A Filda vai no seu quinto dia e as oportunidades de negócios não param de crescer. Para quem visita os vários pavilhões sairá com certeza mais animado e contagiado com o optimismo demonstrado pelos investidores oriundos de vários quadrantes do mundo.As potencialidades económicas do país são imensuráveis. Angola é, como disse um dos investidores, um país abençoado por Deus...” .
É um belo e interessante editorial que o Jornal de Angola Online, de 16.07.2004 nos oferece, mas que não evita o 166º de Angola na classificação do PNUD nem, tão pouco, o estigma de estar posicionado nos países de baixo desenvolvimento humano.
Para que serve tanto investimento se o retorno é desconhecido ou pouco claro?

16 julho 2004

Índice de Desenvolvimento Humano 2004 – Angola 166


O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), no seu relatório anual, divulgado esta quinta-feira, classifica, quanto ao desenvolvimento humano, Angola no 166º lugar (164ª em 2003) entre 175 países classificados.
Para o estudo do Índice de Desenvolvimento Humano as NU tomam em consideração diferentes factores, como saúde, educação, indústria, novas tecnologias de informação, entre outros, ou a ratificação de alguns dos principais instrumentos internacionais de direitos humanos.
Sobre estes instrumentos verificamos que Angola ainda não ratificou as Convenções Internacionais sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio nem a que visa a Eliminação de todas as Formas de Discriminação Racial. Porque será? Mero esquecimento, por certo de um país que se quer democrata, livre e justo. Só deverá ser isso.
Face aos restantes países Lusófonos, Angola só vê atrás de si Moçambique (171º lugar), surpreendentemente, e Guiné-Bissau (172º) e olha para cima para Portugal (24º), Brasil (72º), Cabo Verde (105º), São Tomé (132º) e Timor Leste (158º).
Há que tirar rápidas e urgentes ilações.
Angola não pode continuar a penar e ver diminuída a sua qualidade de vida.
A Paz chegou! Há que aproveitá-la em todo o seu esplendor!!!!!!!

11 julho 2004

Pensamento do Dia

Esta recebi por e-mail; não subscrevo mas, democraticamente, coloco-a:
"Se Durão Barroso aproveitar o facto de ocupar a presidência da Comissão Europeia para fazer pela Europa o mesmo que fez pelo país, há uma forte hipótese de, dentro de pouco tempo, a Europa estar na cauda de Portugal."

Dia Nacional de São Tomé e Príncipe

Decorre amanhã, 12 de Julho, o Dia Nacional das Ilhas maravilhosas.
A todos os santomenses um abraço fraterno e que os 29 anos decorridos seja "n" vezes duplicados na Paz, na Fraternidade e no Bom-senso Nacional.
Que o Fórum de Unidade e Reconciliação, mais do que isto, seja e vos traga, a Reaproximação entre vós para bem do vosso desenvolvimento e da estabilidade regional.
Para isso o petróleo tem de ajudar. Para isso toda ajuda externa será pouca.

07 julho 2004

Darfur, até quando?

Sudão tem, ultimamente, estado nos media internacionais e pelas razões menos aceitáveis.
Na região de Darfur, antigo sultanato até ser integrado no Sudão em 1917, milhares de pessoas perecem por falta de condições minimamente humanas tendo já algumas organizações, o próprio Secretário-geral das NU, Kofi Annan e o Secretário de Estado norte-americano Colin Powell, considerado estarmos próximos de um abjecto genocídio.
Por esse facto, durante a reunião do Conselho para a Paz e Segurança da União Africana, os nossos líderes, reunidos nesta data (07/07) e apesar de desdramatizarem a questão – consideram nas suas gloriosas interpretações que ainda não existe um genocídio – insistiram com o governo sudanês para desarmar as milícias Janjawid, pro-Kartun, e que os responsáveis pela morte de civis e destruição de casas sejam severamente julgados.
Felizmente ainda não existe um genocídio.
Até porque esta semana ainda só morreram 70 pessoas e houve alguns milhares de desalojados.
Ou, porque de acordo com a União Interafricana dos Direitos
Humanos (UIDH), citada pela Panapress "os povos Four, Massalit e Zaghawa são particularmente os mais visados, e as mulheres, tratadas como escravas negras, são sistematicamente violadas, desumanizadas e deslocadas", isto se assemelha a uma espécie de genocídio.
Ou seja, uma questão de semântica.

06 julho 2004

Cabo Verde - Dia Nacional

É com consternação que só hoje posso apresentar os meus cumprimentos pelo Dia Nacional de Cabo Verde, ocorrido ontem, dia 5 de Julho.
Razões logísticas e que hoje pareciam continuar a manter-se a isso o impediram.
Fica a intenção e este abraço fraterno.

05 julho 2004

Pedro Santana Lopes a Primeiro

Desde há muito anos que tenho evitado comentar política portuguesa. Cada vez me identifico menos com ela do que, naturalmente, seria de esperar, dado que é aqui que vou vivendo e como tal deveria ser mais participativo e analítico.
Mas não.
Todavia, e por esta vez, vou alterar os meus ancestrais hábitos. Por uma vez decido apoiar publicamente um político português, apesar de, em muitos aspectos, não me identificar com as suas atitutes políticas, sociais e académicas; esta é a que melhor conheço dado que a pessoa em causa foi meu professor de uma cadeira na Univ. Lusíada - Integração Europeia - onde apareceu, tarde, uma única vez e só para apresentar os seus assistentes, cujos nomes, desculpem-me, não recordo.
Mas como a sociedade portuguesa não pode continuar ao sabor de caprichos políticos e de avidez de poder, por uma vez, dizia, decidi publicamente apoiar a passagem de testemunho de José (ex-Durão = subserviência anglófona) Barroso a Pedro Santana Lopes.
Por favor o país não está disponível para fazer eleições ano sim, ano não (inclui-se autárquicas, legislativas, presidenciais e, em breve, parece, para os Estados Unidos da Europa).
É que eu também quero o Referendum ao Tratado Constitucional (ou Constitutivo) da União Europeia.

01 julho 2004

Euro 2004: (a)Final ?!


Os espanhóis dizem: Perdemos com os Campeões e empatámos com os vice-campeões;
Os russos afirmam: Ganhámos aos Campeões e perdemos com os vice-campeões;
Ambos regozijam: Que querem, na nossa série estavam só as selecções campeã e vice-campeã da Europa. É galo...
Enfim. É o Euro no seu melhor. E domingo espero celebrar a glória de Portugal depois de aplaudir a vitória de Angola, no sábado.