28 junho 2013

Atlântico Sul a ponte das duas margens - artigo

"Na VII reunião ministerial da ZOPACAS (Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul), realizada em Montevidéu, no início deste ano, o ministro das relações exteriores do Brasil, Aguiar Patriota, afirmava que o “Atlântico Sul constitui uma ponte entre continentes irmãos” e que a importância desta parte do globo “tem-se evidenciado no cenário global na mesma proporção em que se projecta e com impulso cada vez maior” tanto, como ressalva Patriota tanto pelo “desenvolvimento económico”, seja pela descoberta de “enormes reservas minerais e petrolíferos” como pela existência de elevados “recursos de biodiversidade”.

E por isso, Patriota, sublinhava que, apesar do sistema internacional estar a olhar com mais atenção para o Índico e Pacífico, é no Atlântico Sul que poderão estar as próximas grandes decisões.

Ora vem isto a colação pelo facto do actual ministro da defesa português, Aguiar-Branco, ter anunciado, durante uma visita a Pemba, Moçambique, onde Portugal tem a sua base na luta contra a pirataria marítima na Somália e nos mares adjacentes – a pirataria já se estendeu, embora com pouca relevância, aos mares mais a sul – que os portugueses estão dispostos a ajudar São Tomé e Príncipe (STP) na luta contra a pirataria que se começa a sentir com maior intensidade no Golfo da Guiné.

Isto acontece porque STP face ao crescendo da pirataria recentemente enviou um pedido de ajuda aos parceiros internacionais no sentido de auxiliar o arquipélago, a enfrentar a ameaça da pirataria crescente na zona do Golfo da Guiné bem como outros marítimos, que propendem a questionar a segurança do país. Um dos primeiros a avançar foi o estado português que através dos dois ministros da defesa Aguiar-Branco e Óscar de Sousa, assinou um acordo de cooperação que envolve as forças armadas portuguesas, na vigilância e fiscalização da zona económica exclusiva santomense.

Já em Abril passado o general da força aérea, Luís Araújo, CEMGFA portuguesas, num colóquio sobre a pirataria no Golfo da Guiné, realizado em São Tomé, alertava para o incremento que esta actividade vinha registando em grande medida devido ao contrabando de combustíveis, principalmente com início no delta do Níger. (...)" (continuar a ler aqui)

Publicado no semanário angolano Novo Jornal, ed. 284, 1º caderno, página 21.

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