22 fevereiro 2013

Foi há 11 anos...


Há 11 anos, algures no leste de Angola, um simples militar, supostamente, provocou uma reviravolta definitiva na História de Angola. Liquidava o último grande líder político-militar de África: Jonas Malheiro Savimbi.

Onze anos passados, o seu corpo continua “escondido” por aqueles que – estranhamente, ao fim de tantos anos e de solidificação do actual sistema político nacional – ganharam o pleito militar.

Parece – não, já é um facto – que o seu desaparecimento físico é um facto e que a “devolução” do corpo aos angolanos que o admiram e respeitam e à História angolana já não provocaria quaisquer problemas políticos e sociais.

Daí que volte a recordar o que escrevi, há cerca de 4 anos, no Notícias Lusófonas, por ocasião do 43º aniversário de Muangai, que era altura de devolver “corpo de Savimbi (…) à Família e possa ter um enterro cristão”.

Há um ano Calamata Numa afirmava, numa entrevista citada no portal do Círculo Intelectual angolano, que a Morte de Savimbi foi desnecessária porque a paz chegaria em breve” e isso constacta-se na calma vida política (que já não na social) angolana.

Onze anos depois é altura de fazer História e devolver à História o sossego definitivo de que ela carece!

É altura, pois, já que o partido que ajudou a fundar, a UNITA, nada parece fazer, do mais que já legitimado Presidente da República, senhor eng.º José Eduardo dos Santos, mostrar a sua tão propalada e proverbial benevolência política e permitir que o corpo do histórico político e guerrilheiro independentista angolano, Jonas Malheiro Savimbi, possa, por fim, descansar junto dos seus ancestrais familiares e na sua terra.

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