20 abril 2012

A Lusofonia no CS de ONU


Ontem, o Conselho de Segurança das Nações Unidas reuniu-se para debater a questão da Guiné-Bissau.



Portugal e Angola, em nome da CPLP, foram os países impulsionadores desta reunião.

Até aqui nada demais, talvez pecando por tardia a reunião.

Agora o que já não se entende, é que os dois países lusófonos tenham utilizado meios vocais diferentes para o mesmo fim.

Enquanto Angola, na pessoa do seu Ministro das Relações Exteriores, George Chicoty – que segundo já me contaram é um bom linguista e fala bem francês e inglês – se dirigiu à comunidade presente no CS da ONU na sua língua oficial, isto é, na língua que dizem não defender com a clareza que outros parceiros gostariam que fizesse, ou seja, em Português!

O seu homólogo português, o Ministro dos Negócios Estrangeiros _ deve ser por isto –, Paulo Portas, adoptou a sonante e imperial língua de Shakespeare, ou seja, o Inglês.

E, assim, vai a CPLP e a defesa da Língua Portuguesa, que Angola e Moçambique – apesar de tudo o quanto se possa criticar – tanto andam a tentar a defender, ao a quererem introduzir nos areópagos internacionais ao mesmo nível que as habituais!

Nota complementar: E o interessante (estranho, não é?, quando, a maioria, só fala em francês e crioulo) o ministro Bissau-guineense das relações exteriores, também falou em português no CS da ONU!!!!


Texto reproduzido no portal do Jornal Pravda (http://port.pravda.ru/news/cplp/21-04-2012/33365-lusofonia_onu-0/) e também no portal Ponto-final.net (http://ponto-final.net/index.php?component=Frontend&action=text&text=327&section=opiniao)

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