24 setembro 2011

Palestina pede “reconhecimento” como Estado na ONU

(foto © Foto: AP, via Terra.br)

O actual presidente da Autoridade Nacional palestiniana, Mahmoud Abbas, apresentou ao actual secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, o pedido formal de reconhecimento da Palestina como Estado, ao manifestar o desejo de transformar o seu presente estatuto de Observador para Estado de pleno direito.

É certo que a Palestina tem o apoio de muitos Estados com assento na Assembleia-geral. Todavia, também é certo que no Conselho de Segurança que tudo se vai decidir. E já se sabe que os EUA vão vetar essa legitima pretensão palestiniana, tal como Israel o deseja e a União Europeia (UE) não mostra ter uma posição clara.

A grande desculpa norte-americana, e de uma larga franja dos países da União Europeia, é que, independentemente do direito palestiniano terem uma Pátria própria e independente, há que salvaguardar os direitos legítimos dos judeus e dos israelitas. Ou seja, tem que haver uma sincera e correcta Paz entre os dois povos (por acaso são três, já que muitos se esquecem dos jordanos) em viver em harmonia nas terras da Palestina.

Outro dos problemas – insondável problema – é a questão de Jerusalém.

Os dois países arrogam-se no direito de a considerar sua cidade e sua capital política ou religiosa.

Ora aqui volta uma velha questão que se reporta ainda ao tempo da Declaração de Balfour, ao Mandato Britânico da Palestina – que dividiu a área entre Palestina e Jordânia – e, principalmente, ao Acordo Sykes-Picot que dividia o Médio Oriente pela influência entre franceses e britânicos.

Ora em todos os Memorandos nunca ficou claramente explicita a questão de Jerusalém.

E essa, na minha opinião, passa pela influência da cidade pelas Nações Unidas. Ou seja, tornar os Hierosolimitas (Hierosolima = Jerusalém) cidadãos de uma “international free city”, uma Cidade-livre de jurisdição internacional!

Talvez nessa altura, e de vez, a Paz possa estar implementada.

Sobre esta matéria e sobre esta região da conflitualidade proponho a leitura de um artigo que escrevi em finais de 2003 e publicada no semanário português Frente Oeste, a 1 de Janeiro de 2004 “A Região da Conflitualidade e a Europa dos Quinze”.

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