06 setembro 2011

E depois da manif de 3 de Setembro?

"Um grupo de jovens – e parece que menos jovens, também – propuseram-se a efectuar uma manifestação no passado sábado 3 de Setembro (desculpem mas ainda escrevo segundo a terminologia lusófona angolana) visando, entre outras coisas, a democraticidade da vida política nacional.

Segundo o que pude ler nas vésperas esta intenção teve a concordância e autorização do Governo Provincial de Luanda, ao abrigo do disposto constitucionalmente.

Daí que não se entenda porquê da citada manifestação ter degenerado em violência, como se pode ler na Manchete do Notícias Lusófonas e em outros órgãos de informação, nomeadamente, internacionais, como a televisão árabe Al-Jazeera ou na VOA News o que compromete, claramente, a política de “pacificação” e “solidariedade” do governo sediado na bela cidade da Kianda.

Mais, quando são detidos jovens e idosos em parte incerta e, segundo o que corre nos espaços sociais cibernéticos, os presos – e também feridos – estão incontactáveis quer aos advogados que demandam as esquadras onde, supostamente, estarão encarcerados, ou acesso aos cuidados primários pelos familiares daqueles que estão interceptados como vitimizados.

Mal, muito mal está um País que vê uma manifestação, ainda mais autorizada, terminar em desmandos com detidos e vítimas (quais que elas sejam). (...)" (continuar a ler aqui ou aqui)

Publicado no Notícias Lusófonas, "Colunistas", de hoje

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