07 agosto 2011

Obama já está sob fogo intenso…

A agência de notação Standard & Poor’s (S&P) baixou, pela primeira vez desde a sua criação, em 1941, e desde que existem empresas de rating ocidentais – as empresas chinesas já há muito o tinham feito –, a nota dos EUA de “Triplo A” para “AA+”.

Um golpe forte na chamada maior economia do Mundo e uma severa “humilhação” para a superpotência global.

Mas também um golpe nas intenções de Obama em ser reeleito em Novembro do próximo ano.
Sejamos claros. Esta “queda” tem mais efeitos políticos – e analistas da S&P já o admitiram em entrevistas – do que económicos.

Recordemos que por quando do crash do imobiliário e do Lehman Brothers nenhuma das agências (S&P, Moodys e Fitch) teve a coragem de colocar em causa a nota máxima dos norte-americanos.

Havia a expectativa de quem iria tomar o poder em Washington DC e como evoluiria a economia norte-americana.

Por outro lado, não esqueçamos que a colossal dívida federal norte-americana está, em grande medida – há quem aposte que na sua grande maioria – nas mãos dos chineses (cerca de 1,15 biliões “milhões de milhões” de dólares) e na dos japoneses (cerca de 1 bilião de dólares), embora a Índia se perfile como uma das apostadoras no dólar.

Por outro lado, os chineses têm vários milhares de milhões em reservas em moeda estrangeira essencialmente conectados ao dólar.

Ora, esta queda no rating norte-americano mais do que afectar – e de que maneira – o prestígio, já um pouco abalado, de Obama afecta a economia dos credores dos norte-americanos e, por extensão, toda a economia global e, principalmente, a emergente que depende da estabilidade que emana das margens do rio Potomac.

Não há dúvida que Barack Obama está sob fogo intenso dos mais conservadores e da inoperância dos democratas…
6/Ago/2011

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