16 março 2009

E ontem recordaram-se 48 anos…

Por razões particulares, só agora tive oportunidade de estar ligado a este instrumento que, cada vez mais, é a nossa mão direita, esquerda e, não poucas vezes, a nossa real memória.

Por isso não pude, e pelo que vi também blogues e órgãos informativos não devem ter podido, ou esqueceram-se, – que se recordou ontem, 15 de Março, os 48 anos da luta armada iniciada pela então UPA, mais tarde FNLA.

É certo que a FNLA está quase reduzida à sua mínima expressão política e populacional, como se constatou nas recentes eleições legislativas. Também é certo que se deve dar o devido desconto aos eventuais votos que se, eventualmente, se extraviaram de urnas, talvez, mal fechadas e deficientemente iluminadas o que, provavelmente, deve ter levado a que eleitores se tenham enganado na ranhura da urna e não repararam que os seus votos lá não entrou.

Apesar disso, a FNLA não deixa, e não podemos esquecê-lo, que foi – e ainda o é, apesar de tudo – um dos marcos históricos da conquista da independência angolana.

É por isso, de todo legítimo recordar o 15 de Março de 1961, independentemente de todas as atrocidades ocorridas – sejamos honestos, de parta a parte devido ao calor do revolucionarismo e da natural vingança –, e a figura de Holden Roberto.

Tal como com Savimbi é altura da História angolana fechar as mágoas das guerras e das intrigas políticas e, tão-somente, se recordar dos líderes que contribuíram para que Angola seja hoje independente e esteja crescendo em paz e no progresso.

Encerrando essa página, por certo que poderemos ver uma melhor distribuição do PIB angolano e, com ela, menos pobres – infelizmente, para alguns, menos ricos – e melhores condições humanas o que, por extensão, trará mais respeito pela Democracia, pela Liberdade, mais Justiça, logo melhores Direitos Humanos.

2 comentários:

Anónimo disse...

Esta data com comemorações ou sem elas, marca o consciente Angolano para sempre.

E só não atinge o consciente Africano em geral, porque a violência africana destes 40 anos torna esta data muito distante.

Anónimo disse...

Como vai amigo?
Há muito não nos falamos e, suspeito, depois do artigo sobre a questão do diploma de jornalismo que escrevi, devo tê-lo chocado um pouco. Mas espero que o diálogo permaneça, e sinceramente, esperava críticas sua e do amigo Orlando Castro, o que não aconteceu. Isto me espantou um pouco, confesso.
Mas quero parabeniza-lo pelo artigo. Com ele você mantém viva uma história que não pode se apagar.
Abraços.
Rildo Ferreira