08 setembro 2008

África deve olhar para a Geórgia e tirar algumas lições

(imagem daqui)

"Quando se vai para férias o que mais se deseja é que o Mundo pare e nos deixe descansar sem nos preocuparmos com o que possa acontecer neste grande Condomínio que é o nosso Planeta e há muito a desvirtuamos e desleixamos com as consequências que se vão, infelizmente cada vez mais, avistando sem que alguns dos nossos caros vizinhos se preocupem com o bem-estar dos outros.

Primeiro, nós, depois, nós, a seguir sempre nós e quando já nada houver que vá para os outros, tem sido o lema abusivo e egoísta de nós todos.

Mas, infelizmente, se vamos de férias outros há que não se preocupam com isso e só nos arranjam temas e problemas para comentar.

Ninguém deixa descansar ninguém!

Por isso não surpreendeu a crise da Geórgia, um pequeno país do Cáucaso que só existe por ter sido nado-pátria dum ditador sanguinário chamado Joseph Staline, o principal criador e aglutinador da extinta (será?) União Soviética (URSS).

Desde a implosão da URSS e subsequente independência dos Estados que a formavam que a Federação Russa (Rússia) nunca viu com bons olhos, qual mãe-galinha ultra conservadora e protectora, a livre vontade desses países.

Para a Rússia a maioria dos Estados emergentes da URSS eram não só parte integrante da sua zona de influência como, nalguns casos, pertenciam mesmo à mãe-Rússia, pelo que desde o princípio tentou influenciar a vida política e económica da maioria deles.

Estes só sentiram que poderiam sair da órbita russa se se aliassem ao Ocidente, mais concretamente aos EUA e à NATO e, ou, à União Europeia (UE).

Alguns já o conseguiram. Outros vão a caminho de o conseguir.

Mas outros há que esperam a sua vez de entrarem numa das Organizações, particularmente na NATO, de onde acreditam vir o apoio e salvaguarda necessários e prontos para a sua integridade territorial e política.

Só que se esqueceram, ou pensaram que os outros não são eles, de olhar para um caso que a Rússia iria sempre aproveitar para fazer doutrina. Mais concretamente juntar uma nova doutrina à sua velhinha doutrina de soberania limitada (DSL) que lhe permitiu abafar e acabar com as “contra-revoluções” húngara, de 1956, e de Praga, de 1968. (...)" (pode continuar aqui ou aqui)
Artigo de opinião publicado no , de 6/Set/2008 (escrito em 19 de Agosto mas por razões editoriais só pode ser publicado agora)

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