27 abril 2008

E o barco ia voltar… não sabíamos era para onde!

(a solidarieade chinesa com África manda mais alto!)
Num dos últimos apontamentos era claro, segundo a China, que o barco “do amor”, o An Yue Jiang (ou Na Yue Jiang, conforme as fontes), que transportava nuns 6 contentores alguns milhões de umas "deliciosas prendas chinesas" que Mugabe tinha comprado para o seu povo, iria voltar para as terras do Imperador Ming porque Luanda e Maputo, que não tinham compreendido que era uma transacção legal e por isso passível de toda a normalidade, decidiram vetar a sua entrada nas respectivas águas territoriais e impedir a descarga das deliciosas “prendas”.
O mais delicioso, e como prefácio, registe-se o facto do MIREX – Ministério angolano das Relações Exteriores –, através do seu o director da Divisão África e Médio Oriente do, Mário Feliz, afirmar a 21 de Abril que desconhecia para onde iria o navio chinês dado que não havia razões para atracar a um qualquer porto angolano pelo que estava impedido de o fazer. Como o director sublinhou, não tinha "a mínima informação" sobre a viagem do navio para portos angolanos!
Isto foi a 21 de Abril de 2008.
No dia seguinte, uma nota da Lusa, de Luanda, dava conta que o director o director do Instituto dos Portos do país, Filomeno Mendonça, teria firmado que "Esse navio não pediu autorização para entrar em águas territoriais angolanas e não está autorizado a entrar em portos angolanos. Avisámos os nossos portos que o navio não tem autorização para entrar em Angola e por isso não receberá assistência em Angola".
Isto a 22 de Abril de 2008-04-27
Ou seja, ninguém parecia saber que o referido navio, o tal que transportava “doces prendas” de Mugabe ao seu povo querido, poderia trazer produtos para Angola.
Nem sabiam os angolanos como parecia que também não o saberiam os dirigentes chineses que a isso nunca referiram!
Mas, felizmente, parece que sem ter havido – se houve ficou pelos segredos dos deuses, do tipo, embaixador visita Cidade Alta e alerta para o facto de haver quem mais deseje fornecer produtos petrolíferos, por exemplo, e mesmo por mero exemplo, nada mais – um epílogo brilhante para este assunto.
Segundo o Angonotícias, em notícia datada de 25 de Abril – um grande dia para a Liberdade, também em Angola – o governo angolano decidiu autorizar o An Yue Jiang atracar o porto de Luanda para descarregar a mercadoria.
O interessante é que, pelo menos nesta notícia, não diz qual já que, de seguida, esclarece que o material bélico não foi nem será descarregado em território nacional com material para Angola, de cuja existência era até agora desconhecida.
Mas qual matéria bélico. O que o navio transporta são “doces”, senhores, “doces” de Mugabe para o seu povo que (sobre)vive no Zimbabwé!
Só falta saber mesmo se, a saída dos dirigentes chineses e a primeira recusa angolana não foram uma manobra para desviar atenções e o material bélico ter sido transbordado, em alto mar, para um outro qualquer navio e a mercadoria já ir a caminho do Zimbabwé… talvez por via aérea ou, como “conspirei” num apontamento anterior, via Namíbia, em camiões!

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