18 fevereiro 2008

Escócia e Córsega independentes, JÁ!


(a bandeira oficial, azul-dourada, roubada aqui; e a que, na prática, vigorará)

Se o Kosovo, que todos afirmam, mesmo os que o querem ver independente ou os que estão a “governá-la” como é o caso da OTAN/NATO, ser inviável como Estado, pode ser independente e é reconhecido pelos EUA, Reino unido, França e Alemanha, ou seja, o xerife e os 4 grandes europeus – e viva a unidade europeia – então, e por motivos ainda mais válidos, quer económicos, quer políticos, quer sociais, a Escócia, a Córsega e o País Basco francês, ou o Porto Rico, podem ser independentes, JÁ!
E, já agora, como irão, e quando, estes países reconhecer a independência da Ossétia do Sul e da Abkhazia que já disseram querer seguir os passos do Kosovo? E elas até nem são russas, bem pelo contrário, são mesmo pró-Rússia onde existe um Estado, a Chechénia, região pela qual a jornalista russa Anna Politkovskaia deu a vida, e que também quer a sua independência. Só que esta, ao contrário das duas anteriores tem um “patrono” com armas nucleares e fornece o gás tão necessário para a vida da Alemanha. Por isso que os alemães já vieram dizer que uma hipotética independência daquelas regiões georgianas nunca seriam consideradas a nível internacional e o reconhecimento do Kosovo deverá ser ponderado.
Sei que há quem defenda a secessão do Kosovo e não veja nisso nada de mal.
Mas perguntem aos espanhóis (País Basco, Catalunha ou Galiza), aos cipriotas (A República Turca do Norte), aos Italianos (o Tirol ou a Lombardia) se estão de acordo com a independência?Há quem pense que isto não irá ser o dedinho que irá derrubar muitas pedras do dominó. Espero que, de facto, não o seja. Todavia, temo por isso…
E enquanto os donos do Mundo se vão deliciando numa nova Conferência de Berlim e criar novas fronteiras, o Kosovo declarou-se independente.
É certo que o Kosovo se tornou independente com barriga e bolsos vazios, com elevadas taxas de desemprego – o único emprego garantido é o que oferece a Kfor e a Nato – e analfabetismo, mas, valha-nos isso, é independente. Está de mãos estendidas à caridade europeia? Não há problemas, são pobres e podem ser indigentes, mas são independentes.
Ora se a Escócia, a Córsega ou o País Basco francês e o Porto Rico declararem a independência não o farão de barriga vazia, nem assentes num desemprego desenfreado e muito menos com um rendimento per capita inferior a alguns dos países mais pobres de África.
Por isso, apoio a pretensão de senhor Sean “Bond” Connery quando diz querer a independência da Escócia!

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