15 abril 2007

Moçambola na RTP-África e os jogadores africanos em Portugal


(Algumas fotos do jogo entre o Maxaquene (à riscas) e o Lichinga (de azul), obtidas via RTP-África; ©elcalmeida)
Não sei se já mais alguma vez a RTP-África tinha ou não transmitido algum outro jogo do campeonato nacional de futebol moçambicano, o Moçambola.
Hoje tive o prazer de ver um, entre o Desportivo de Maxaquene, um clube histórico de Maputo – em tempos se chamou Sporting de Lourenço Marques – que já deu grandes jogadores como um tal Eusébio da Silva Ferreira e, salvo erro, um Chiquinho Conde – um dos comentadores de hoje e que os setubalenses devem estar com saudades dele, e o Futebol Clube de Lichinga, de Niassa.
Para registo o resultado foi favorável aos maputenses por 4-2 com três ou quatro dos seis golos a serem muito bons.
Apesar de haver muita ingenuidade no jogo – ah! e já agora procurem melhorar os recintos de jogos que os artistas bem merecem –, gostei dele porque vi ali muito diamante para lapidar e muita matéria-prima para os clubes portugueses irem buscar e (re)formar.
Gostei, por exemplo do jovem defesa central, creio que do lado esquerdo, do Maxaquene – o meu lamento mas não me recordo do nome – que mostrou muita confiança e que queria sair sempre com a bola jogada do que destruir por destruir. E parece haver em Portugal clubes com falta de bons defesas centrais; mas isso era preciso que eles soubessem que a Lusofonia não se restringe só pelo Brasil e por jogadores que mais têm mostrado sê-lo de “suboteo” que de futebol. Mas, isso, serão outros rosários, leia-se outros empresários, que não domino…
Espero que tenha sido um dos muitos jogos que a RTP-África nos irá proporcionar ao longo da temporada futebolística afro-lusófona que não só no semanal “África Sport”!
E já agora registe-se, e se bem percebi, que o Maxaquene jogou sem 4 dos seus jogadores principais porque estavam em competição pela sua selecção nacional de sub-23 que jogou com a Zâmbia para o campeonato africano zonal VI perdendo com a Zâmbia por 3-2.
E sobre os jogadores, talvez se compreenda porque os clubes portgueses não os vão buscar.
É que pode haver outro “tal” Mantorras, um jogador angolano cuja qualidade é – pelo menos parece – discutível e diz querer jogar mais.
Como é possível querer jogar mais se há outros melhores; pelo menos o engenheiro – este parece que é mesmo – parece dizer que se não joga é porque há melhores que ele.
Talvez um Derley que desde que chegou nada fez e nada marcou, e já foi algumas vezes titular, enquanto o “tal” Mantorras tem marcado golos decisivos para as vitórias do glorioso Benfica.
Mas… o engenheiro é que conhece os seus homens!

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