02 janeiro 2007

Mísseis para o Irão com a UE na engorda…

Nada como começar bem um mandato. E foram logo dois a terem óptimos começos.
O novo Secretário-Geral das Organização das Nações Unidas (NU), Ban Ki-moon, começa oficalmente o seu mandato da melhor forma. Depois de se ter descartado quanto à pena de morte – granjeou, de certo, mais simpatias do senhor W. Bush –, um membro permanente do Conselho de Segurança, a Federação Russa, ofereceu-lhe uma bela batata quentinha nas mãos.
Então não é que o novo “aliado” da NATO e dos EUA decidiu entregar o primeiro pacote de defesa anti-míssil ao Irão para este proteger as suas futuras fábricas de material atómico, dito centrais nucleares.
Segundo afirmam os russos, e muito bem, registe-se, os contratos são para serem cumpridos e como as NU não impedem a venda de venda de armamento defensivo, como os sistemas de defesa antiaéreos, então amigos iranianos tomem lá mísseis "Tor M1" e passem para cá cerca de 700 milhões de dólares.
Com aliados destes, quem precisa de inimigos…
Mas não foi só o Secretário-geral das NU que começou bem o seu mandato. A nova presidência rotativa da União Europeia (UE), a Alemanha, teve também um auspicioso início.
Por certo que os europeus, os primeiros destinatários de uma eventual bomba nuclear iraniana, logo a seguir a Israel, não esperavam que os russos continuassem a ver as suas fronteiras externas cada vez mais próximas e ficassem quietos.
Ontem a União Europeia, com a entrada da Bulgária e da Roménia, passou dos 25 Estados-membros para uns simpáticos 27 países e cerca de 493 milhões de habitantes.
Para os russos já lhe bastavam os três países bálticos, os finlandeses e a Turquia junto das suas fronteiras para já se sentirem quase asfixiados.
O que vale aos russos é o gás natural com que abastecem, sensivelmente na íntegra, a quase toda Europa. O que se passou com a Bielorrússia (Belarus) mais não foi do que um pequeno aviso à navegação europeia caso os russos venham a sentir o sufoco completo: fecham a torneira e depois os europeus que queimem o resto das florestas – ainda as há? – se quiserem se aquecer!!!
E lá se vai a economia, a “lunática” Constituição europeia e a UE…
Ou seja, os americanos e os russos brincam e a Europa… que recolha os restos.

2 comentários:

Macro disse...

Creio q enquanto a saudosa Reforma da ONU não se fizer, e em relação à qual já ouvimos falar dela desde aquele velho aninho de 1986 em que 40 mamecos demandaram alí uma universidade na Junqueira, qqr q seja o Secretário-Geral da ONU acaba por ser um pupet man de Washington DC...

O CS já devia ter sido alargado, e qqr dia ainda se forma uma outra ONU para dar essa representatividade aos outros Estados q reclamam essa legitimidade.

Enfim, tudo coisas q se concretizarão lá para 2050, qdo não houver nem EUA nem ONU, e o mundo será gerido por um condomínio fechado indo-chinoca...

Um abraço
RPM

Egidio Vaz disse...

E por acaso, haverá reforma? Nunca.
Às vezes chego a pensar na extinção da ONU e na emergência de organizações do tipo novo. A actual ordem é injusta e enquanto as grandes sedes permanecerem em Washington, os washingtonianos tudo farão para tirar proveito disso.
E ainda se acharão os mais importantes do Mundo.