15 janeiro 2007

Até jornalista estrangeiros...

(foto roubada, penso que ao Africanidades; a calma que falta ao país)
Apesar da limpeza que as Forças Armadas e Polícia Bissau-guineense fizeram no Bairro Militar, ao apreender váriasarmas e munições, além de moeda falsa e 100 kgs de droga, prontamente queimadas na presença de membros do Tribunal Militar (só se estranha que tenha sido no Bairro Militar) a situação na Guiné-Bissau continua preocupante no que toca aos Direitos Humanos.
No sábado foi, inesperadamente - ou talvez não - impedida, pelas autoridades policiais, uma manifestação que se queria silenciosa organizada pela liga dos Direitos Humanos da Guiné-Bissau sendo qinda proibida um comício que no momento iriam efectuar.
Hoje recebi, via e-mail e de um dos principais jornalistas Bissau-guineenses, um SOS de um jornalista cabo-verdiano, há 5 anos a residir em Bissau, publicado no jornal cabo-verdiano "A Semana" com quem também colabora:
"Jornalista de Cabo Verde André Moura, carteira profissional portuguesa 4237, a trabalhar há dois anos em Bissau telefone (..)e'mail (..) contou-me que a sua residência foi invadida sábado de madrugada por 12 militares que rebentaram a porta e lhe vandalizaram a casa, situada no Bairro Militar, junto à do comodoro Lamine Sanhá, há pouco assassinado. Falou á rádio Bombolom, de Agnelo Regala, a contar o sucedido; e gostaria muito que jornais portugueses também noticiassem este episódio, inserido numa situação "muito explosiva!" que se está a passar na capital guineense. Ele tem feito trabalhos para a revista italiana Negrizia, de Verona, para O Semanário e para o Espaço África. Anteriormente, trabalhou para o Liberal e para a Sábado."
Por razões óbvias, e a fim de evitar eventuais ameaças, retirei o numero de telefone e o e-mail e espera-se uma tomada de posição do Sindicato de Jornalistas portugueses de que ele faz parte.
Realmente algo vai mal no consulado de "Nino" Vieira e não se entendo o mutismo da CPLP; será porque a presidência actual é, precisamente, da Guiné-Bissau?
Mas nem por isso "Nino" deixa de pedir, despudoradamente, apoio à Comunidade Internacional. Talvez por isso o MNE português visita o país no próximo dia 20. O que irá levar a "Nino"? Ou irá trazer Gomes Júnior?
Ou será que vai, humildemente, qual Egas Monis, pedir desculpas em nome do seu Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação

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