05 dezembro 2006

Banco Mundial mostra um claro cartão à Guiné-Bissau

O Banco Mundial (BM) ameaçou cancelar os apoios e programas na Guiné-Bissau caso o governo de Aristides Gomes persista em actuar à margem da «transparência e da boa governação», factores exigidos para o desbloqueamento de fundos financeiros ao país.
Já há muito que os analistas guineenses e estrangeiros andam a alertar o Governo de Aristides Gomes – leia-se de “Nino Vieira – que os principais dadores e apoiantes financeiros da Guiné-Bissau não viam com bons olhos o que lá se passava.
Ntem foi Gomes Júnior a apresentar um ultimato ao presidente exigindo que o resultado das urnas para as legislativas seja cumprido e o Governo devolvido ao PAIGC; hoje foi a presidente de um pequeno partido político guineenses a lamentar com o que se passa nas finanças Bissau-guineenses (penso que foi a União dos Povos da Guiné – infelizmente o novo portal da RTP não menciona, ao contrário do antigo, os noticiários que vão dando hora-a-hora e temos dificuldade em reconfirmar certas notícias); o Secretário-geral da UNTG, Lima da Costa, avança com uma greve geral de 72 horas.
Tanto Aristides Gomes como “Nino” Vieira têm feito tábua rasa dos diversos avisos que vão chegando aos dois palácios.
Parece que desta vez o governo Bissau.guineense não poderá fazer de conta que nada é com ele porque a carta assinada pelo director das Operações para a Guiné-Bissau do Banco Mundial, Madani Fall é clara. Ou Bissau altera a sua política de não transparência e de estranhos e pouco claros conchavos ou perde qualquer coisa como cerca de 10 milhões USDólares para ajuda orçamental.
E com o Banco Mundial vão, também, o Banco Africano de Desenvolvimento e a União Europeia.
Este deve ter sido o último claro e definitivo cartão mostrado pelas autoridades financeiras mundiais.
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2 comentários:

Anónimo disse...

Infelizmente, uma vez mais se confirma que as negociatas que possibilitaram o regresso de Nino Vieira ao poder só têm prejudicado a Guiné-Bissau e o povo guineense!

A comunidade internacional já chegou à triste conclusão de que em vez de ajudar a Guiné-Bissau e o povo guineense, tem ajudado um grupo restrito e bem definido de guineenses a enriquecer à custa das ajudas em nome da Guiné-Bissau e do povo guineense.

Um grupo dirigido por um general caixeiro viajante que se julga dono absoluto da Guiné-Bissau e patrão de todos os guineenses!

Julgo que está na hora de dar mão à palmatória e ajudar a Guiné-Bissau e o povo guineense a se livrarem do bando que dirige os destinos do país!

Anónimo disse...

Guiné-Bissau está passando por muitos problemas o que é uma regra nas ex colônias portuguesas. Mas a única preocupação de Portugal é com a Telecom, que está sendo gerida por um grupo guineense.
Infelizmente isso é uma regra da visão portuguesa em relação as ex colônias. "Não servem mais para serem exploradas...adeus"!
Um país pobre a Guiné-Bissau depende de ajudas externas pra sobreviver. Sua economia se baseia na agricultura de subsistência, que não leva nenhum país ao progresso. E para piorar, tem a seca, doenças contagiosas e conflitos pela disputa com o Senegal de Casamansa, região fronteiriça, rica em aves e principalmente em petróleo.
Onde está a ONU?