20 abril 2006

Cabo-verdianos vão ter legalização antecipada

Os cidadãos cabo-verdianos ilegais que se encontrem há mais de cinco anos a trabalhar em Portugal vão usufruir condições especiais de legalização.
O anúncio foi feito ontem pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Freitas do Amaral, no final de uma visita de três dias a Cabo Verde, marcada pela constituição de uma comissão conjunta para debater os problemas da comunidade cabo-verdiana em Portugal.
(…) Depois de revelar ter falado com José Sócrates ao telefone
[é!! não fosse abrir a boca antes do tempo como no caso dos cartunes], o ministro afirmou, citado pela Lusa "Estou em condições de anunciar que (…) dentro de duas a três semanas (…haverá) uma nova legislação para a imigração (...)” (in: Jornal de Notícias)
Não está em causa os legítimos anseios dos imigrantes cabo-verdianos em quererem ser legalizados quando estão a contribuir para o desenvolvimento do país que os acolhe e que, não poucas vezes, lhe é padrasto.
O que se questiona por que é que os outros não são igualmente contemplados e têm de esperar pela nova Lei da Nacionalidade? E como poderão os imigrantes provar que estão há cinco anos a trabalhar em Portugal se, em teoria, não estarão devidamente documentados porque, por certo, as entidades patronais, para não fugir às leis do seu País, não terão feito participação dessa qualidade – trabalhador – às competentes autoridades sociais.
Ora se não podem provar que trabalharam… como poderão solicitar a sua legalização? Ou irão, também, “legalizar” a prevaricação patronal?
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imagem dos trabalhadores migrantes retirada daqui

1 comentário:

Anónimo disse...

É só para registar que a mesma notícia foi publicada, um dia antes, pelo Notícias Lusófonas.

JC