13 julho 2005

Casa de Angola em Lisboa, que se passa?

Image hosted by Photobucket.com Já há um tempo a esta parte que se constata que algo não vai muito bem no “reino” da Casa de Angola.
São pessoas que, via e-mail e por causa, naturalmente, deste blogue e das sessões em que participei por quando da aprovação dos novos estatutos, me questionam sobre o que lá passa?
E sobre os Estatutos. Já repararam que o sítio da Casa de Angola ainda nada se referiu sobre o mesmo? e já passou tempo mais que suficiente?
E depois há as missivas como a que recebi hoje, de Luanda de um "mais velho", que, pelo seu conteúdo e pelo desassossego que encerra, merece ser divulgada.
Nela estampa as diferentes apreensões por que passam os angolanos, em geral, e os sócios, em particular, sobre a nossa Casa. E o problema maior, é que essas preocupações não se cingem só a Portugal.
O problema da Casa de Angola começa a ser também equacionado em Londres, Paris e, principalmente, em Luanda.


"Prezadas Compatriotas,

Os meus respeitosos cumprimentos. Contrariamente as tradições da minha família e da minha postura na vida, hoje infelizmente por razões que são sobejamente conhecidas e já do domínio público (sócios, amigos, opinião pública Portuguesa e Angolana) não me é permitido dirigir-me pessoalmente ao nosso compatriota Drº J. J. D. dos Santos Oliveira, ainda na sua qualidade de Presidente Eleito da Casa de Angola em Lisboa, devido ao facto dele encontrar-se doente, inibido de exercer em pleno as funções pelas quais foi eleito. Numa situação normal ele já deveria ter tido a dignidade de colocar o seu lugar a disposição da actual direcção da Casa de Angola, mas como há uns tempos para cá a nossa Casa de Angola em Lisboa para constrangimento dos seus sócios e amigos vive uma verdadeira situação de anormalidade que será assunto duma outra intervenção pública para em conjunto com as forças vivas da Casa de Angola em Lisboa colocarmos ponto final definitivamente a estas práticas que não dignificam em nada o bom-nome da nossa associação, com as quais não podemos pactuar e que recusamos vê-las transformadas em Instituição ou em “Modus Operandi”.

Tenho a honra de informar a esta direcção que sou profundamente solidário com a consulta actual feita a base da Casa de Angola (aos sócios em primeiro lugar) sobre o futuro desta direcção que falhou protundamente em realizar o projecto e o programa para a qual foi eleita.

Vocês perderam a confiança dos associados e se ainda vos resta um mínimo de dignidade e de patriotismo deveriam colocar os vossos lugares à disposição duma Comissão Administrativa Temporária responsável pela boa marcha dos trabalhos até a convocação de novas eleições que hoje mais do que nunca se impõem devido a inoperância desta direcção. As divisões que minam a vossa coesão, a doença do actual Presidente que paralisa o bom funcionamento da Casa de Angola e outras vincadas irregularidades no “desfuncionamento“ da nossa Casa que serão ao devido tempo tratadas em lugar próprio, não são precisamente um atestado de boa conduta, de uma gestão transparente e impoluta e particularmente dos benefícios que os Sócios estão em medida de exigirem porque votaram por num Projecto proposto por Vós e que vocês não conseguem cumprir.

Consultem e interroguem as Vossas consciências porque todos vocês sabem bem do que estou a falar-vos.

Aconselho-vos vivamente a procederem à consultas com os membros do Conselho Geral “com os Mais Velhos” e com a base da Casa de Angola (os sócios) no sentido de serem repostas a dinâmica e o bom funcionamento desta Nossa Casa Comum, para alegria e orgulho de todos Nôs.

Diante de tanto diletantismo, de tanta falta de honestidade, de coragem política e de patriotismo, interrogo-me, aonde é que estão os filhos de Angola?

Nós todos temos a grande responsabilidade de mantermos vivos este projecto com desígnios Nacionais, porque as exigências cada vez maiores de Angola assim decidem.

Escrevo-vos com a frontalidade que caracteriza a minha actuação política desde a minha juventude, quando livremente abracei a causa da luta pela Independência Nacional da Pátria Angolana, da nossa Pátria Africana e estendo-vos o ramo de oliveira que tenho na mão. Ajudem-me a não deixar cair este ramo de oliveira que vos estendo fraternalmente em sinal de Paz e em nome dos nobres valores que acredito e defendo! Valores intrinsecamente ligados as nossas lutas e que nos fazem sonhar com um futuro de Liberdade, de democracia de Justiça Social, Progresso e Paz na nossa Pátria Angolana mais solidária e mais fraterna.

Todos vocês estão conscientes (no vosso íntimo) de que a marcha actual da Casa de Angola não nos leva a lado nenhum e que muitas coisas têm de mudar para que a Casa de Angola cumpra em pleno os objectivos que chamou a si quando se renovou depois duns anos de inércia e de abandono. Os Sócios não podem ser defraudados por uma Direcção que se assemelha a uma manta de retalhos velhos, anacrónica e bafienta.

Tenho algumas ideias e como no passado mantenho-me a vossa disposição para em conjunto com as forças vivas e patrióticas da Casa de Angola encontrarmos soluções que privilegiem o diálogo e o bom funcionamento desta casa.

Espero ter sido bastante claro e compreendido.

Alta consideração.


Carlos Belli Bello
Sócio da Casa de Angola
Membro do Conselho Geral
Embaixador de Angola
"

2 comentários:

Unknown disse...

Como ser membro?

ELCAlmeida disse...

Ir à Casa de Angola, na Tv, Fábrica das Sedas, entre o Rato e a Mãe d'Agua e solicitar ficha de sócio.
Cumprimentos
EA