06 fevereiro 2005

Quando as comadres começam a divergir


Interessante artigodo Semanário Angolense citado no AngoNotícias sobre as divergências entre o primeiro-ministro Fernando “Nando” dos Santos e o seu adjunto Aguinaldo Jaime, antigo Governador do Banco de Angola.
De acordo com o articulista desde que assumiu o cargo, “Nandó não só não tem escondido o desdém que tem pela chefia da equipa económica, como também já deu mostras que passa bem sem Aguinaldo Jaime”.
Ainda segundo o SA numa visita ao BNA, o primeiro-ministro, à frente de todo o seu staff ministerial fez saber a Jaime que a sua presença era pouco bem-vinda levando o adjunto a retirar-se “embaraçado quanto baste”.
Ainda de acordo com o SA o pm Nandó já terá solicitado ao presidente Eduardo dos Santos a demissão de Aguinaldo Jaime, pretensão essa que parece não ter nem provimento nem resposta.
Ora, segundo uma fonte anónima observadora (no que toca a Angola parece que as fontes agora são todas anónimas ou devida e providencialmente anonimizadas – veja-se o artigo do Notícias Lusófonas, que pelo conteúdo e por aquilo que tenho lido, me surpreendeu, ou talvez não tendo em conta a aproximação das eleições e da tentativa de apropriação de nomeações por parte de eventuais negociadores, - citado pelo SA, o pm deveria ter sugerido era a “extinção do seu próprio cargo. Se nem sequer consegue disciplinar os seus próprios filhos, frequentemente envolvidos em arruaças públicas, como é que pretende ser respeitado como primeiro-ministro?”
Por certo que o articulista e o tal observador se lembravam do caso das galhetas dadas por um dos filhos de Nandó ao representante adjunto do Banco Mundial em Angola, Onisie Lambert.
É certo que Aguinaldo Jaime nunca mostrou competência para o cargo onde esteve anteriormente )por razões profissionais estou à vontade para o afirmar), mas... algum dos outros seus colegas de bancada, também mostraram alguma competências em eventuais cargos anteriores (não foi o ministro das Obras Públicas sumária e singularmente despedido do cumulativo cargo de Coordenador da Comissão de gestão Administrativa de Luanda?) então porque não há-de estar mais um “deficitário” no Governo, como o sr. Aguinaldo Jaime.
Ora isto só parece uma zanga de comadres.
E em vésperas de eleições legislativas… os casos prometem.

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