06 janeiro 2005

Mandela: O meu filho morreu de SIDA

Nada há mais pungente para um pai que anunciar a morte de um filho. E nas circunstâncias em que as mesmas ocorreram ainda é mais triste.
Por isso, em homenagem ao “mais velho” pela sua coragem e dignidade perante a dor permitam-me utilizar as suas palavras para chamar, uma vez mais, a atenção para o maior flagelo deste último meio século: o HIV/SIDA.
Mandela, contrariando tanto Thabo Mbeki, que declarou nunca ter conhecido ninguém que tivesse morrido devido ao SIDA, ou Mugabe que afirmou que os infectados deveriam apodrecer no inferno, limitou-se a afirmar:
"Deixem-nos dar publicidade ao HIV/SIDA e não escondê-lo, porque a única maneira de começar a parecer uma doença normal, como o cancro, é anunciar que alguém morreu de SIDA", afirmou o ex-presidente acrescentando que ninguém "vai para o inferno" por causa de sofrer da doença.
Era bom que mais pensassem assim e as autoridades africanas e mundiais canalizassem mais fundos para publicitar e não calar este flagelo.
Como pai, a minha total solidariedade.

1 comentário:

Madalena disse...

Mandela é um homem que desde sempre me comoveu. A alegria com que deixou a prisão depois de vinte e sete anos, a tranquilidade que espalha à sua volta, só pode ser de alguém que encontrou a verdade dentro de si próprio. É afinal aquilo que todos queríamos encontrar e de tropeção em tropeção lá vamos tentando.
Gosto do blog!